No documento, que foi apresentado pelos representantes da CDU, mas aprovado por todas as bancadas, incluindo a maioria PSD, refere-se que o pagamento, em vigor desde 25 de Março, "veio onerar a muito frágil situação económica das famílias, utentes e acompanhantes”.
Estacionar em dois dos parques do hospital Padre Américo custa, desde aquele dia, cerca de 30 cêntimos por hora, afectando 400 lugares dos parques A (atrás da farmácia) e B (junto à psiquiatria),.
A mudança, realizada no âmbito de uma concessão a uma empresa privada, incluiu a colocação de barreiras à entrada e à saída dos dois parques.
Os eleitos da CDU na Assembleia Municipal de Paredes, concelho servido por aquela unidade hospitalar, consideram ainda que a exigência de pagamento constitui “uma dificuldade adicional”, atendendo “aos inexistentes transportes públicos em grande parte do dia”, o que obriga à utilização do automóvel.
Na moção, lê-se que a decisão do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa leva a que os parques do hospital se encontrem vazios, conduzindo ao estacionamento “precário e ilegal” nos arruamentos contíguos aos hospital, “próprio de uma qualquer romaria de Verão”.
Os deputados decidiram assim “denunciar em nome das populações residentes no concelho de Paredes e utentes do Hospital Padre Américo, o pagamento do estacionamento, em tudo contrário à satisfação e interesses dos utentes”.
A administração do hospital, contactada hoje pela Lusa, remete para os próximos dias uma posição oficial sobre o assunto.