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Tempo de desvalorização dos professores "ficou para trás"

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, afirmou hoje que os tempos de "desvalorização do serviço público" e dos seus profissionais, entre os quais os professores, "estão postos para trás".

Tempo de desvalorização dos professores "ficou para trás"
Notícias ao Minuto

15:45 - 22/09/16 por Lusa

País Fernando Medina

"O que me chocou mais [nos últimos anos] foi a desvalorização do serviço público, a desvalorização daqueles que dedicam o seu melhor e que dedicam a sua vida profissional ao serviço dos outros, ao serviço da comunidade", afirmou Medina durante a visita a uma escola.

Dirigindo-se diretamente aos professores e educadores, o líder do executivo municipal de maioria socialista quis deixar "uma palavra de solidariedade, mas também uma palavra de esperança: esses tempos estão postos para trás".

Considerando que esses tempos "deixaram marcas, certamente", Fernando Medina sublinhou que "atrás de tempos maus, tempos bons vêm".

Para o líder do executivo, os docentes "não podem ser pessoas a quem não seja atribuído o reconhecimento decorrente da responsabilidade" de educar crianças e formar cidadãos.

"Se tivermos as pessoas certas nos lugares certos, com as políticas certas, nós voltaremos a dignificar o funcionalismo público, voltaremos a dignificar o que é ser um servidor do Estado", vincou.

Apesar de "a Câmara não ter competências em matéria de gestão dos recursos docentes", Medina apontou que o município "não é indiferente, como responsável máximo da gestão da cidade".

Durante a sua intervenção, o autarca afirmou que espera "poder concretizar ainda neste mandato a ambição" de a Câmara Municipal "assumir as suas responsabilidades plenas relativamente ao segundo e ao terceiro ciclo", ao nível das infraestruturas.

"Hoje olhamos para a cidade de Lisboa e vemos que a recuperação do parque escolar é mais rápida e intensa (...) das escolas que estão sob responsabilidade da Câmara", advogou Medina.

Durante a visita à Escola Básica Parque Silva Porto, em Benfica, Lisboa, o presidente da autarquia anunciou, "para breve, um programa de apoio ao sucesso educativo das escolas", que permita a cada comunidade educativa "apresentar os seus projetos, o que consideram mais importante para o futuro da escola, para serem organizados e financiados pela Câmara de Lisboa".

Esta escola acolhe 338 alunos e foi recentemente intervencionada com um investimento de 2,3 milhões de euros, ao abrigo do programa Escola Nova.

Os trabalhos abrangeram arranjos exteriores e uma beneficiação geral do recreio, do ginásio (que se encontrava interdito), e da casa de leitura (antiga casa do guarda).

Para a diretora da escola, esta intervenção representa "um sonho realizado", uma vez que "há mais de dez anos que a escola precisava de obras".

Agora, frisou, "para esta escola ser perfeita, só falta internet".

A visita contou também com a presença da presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Inês Drummond, que frisou que a escola, "que é uma referência no ensino de crianças com dificuldades auditivas", é agora "ambientalmente mais eficiente e também mais acessível".

Após uma visita à casa da leitura, onde decorria a hora do conto, os dois autarcas distribuíram autógrafos pelos alunos de duas turmas do terceiro ano.

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