CDS propõe "um grande consenso nacional" para enfrentar os fogos
A líder do CDS-PP defendeu hoje "um grande consenso nacional" entre os partidos políticos para enfrentar os incêndios florestais, lembrando que tal não foi possível com o PS enquanto esteve no anterior governo PSD/CDS-PP.
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País Cristas
"Há muitas medidas que estão pensadas e discutidas, nomeadamente no trabalho da comissão parlamentar após os incêndios de 2013, e seria importante que pudessem gerar um grande consenso nacional. No tempo em que estive no governo tentei com o Partido Socialista e na altura não foi possível", afirmou Assunção Cristas.
A presidente do CDS-PP falava durante uma visita a zonas ardidas durante o verão nos concelhos de Águeda e Albergaria-a-Velha, num momento a seguir aos incêndios, "em que é preciso refletir para fazer diferente e fazer melhor".
A líder do CDS ouviu o testemunho dos autarcas locais sobre os momentos aflitivos que foram vividos pelas populações e queixas de demora na intervenção dos meios aéreos, além da descrição dos prejuízos.
"Há muitas avaliações para serem feitas. Creio que é importante que o país se una em torno de várias medidas concretas, que têm de convergir para o objetivo de diminuir os incêndios, com a consciência de que a floresta é vítima dos incêndios e não a causa dos incêndios", comentou.
Assunção Cristas defendeu como uma das matérias em que os partidos políticos devem construir consensos, a criação de uma fiscalidade "mais amiga da floresta".
"Estamos a falar de zonas de minifúndio, de pequenas parcelas onde as pessoas têm o seu mealheiro de vida e fazem o seu aforro. É importante que se valorize os investimentos que essas pessoas fazem, por vezes com muito sacrifício é muita poupança, porque isso também nos dá a todos os benefícios ambientais. Era bom que pudesse haver um grande consenso político em torno desta matéria", disse.
O tratamento dado aos incendiários é outro dos aspetos em que a líder do CDS entende que os partidos devem chegar a acordo: "temos de olhar todos para a forma como conseguimos ser mais eficazes a prevenir que pessoas que têm cadastro conhecido nesta área continuem a ser a origem de fogos".
Assunção Cristas declarou também que "uma das coisas que o CDS veria com bons olhos seria o reforço dos guardas florestais, "carreira que esteve para ser extinta e que foi recuperada no governo anterior".
"É preciso dar mais poder às autarquias, nomeadamente na gestão dos baldios e de infraestruturas como os pontos de água, e realizar uma grande campanha de prevenção para reduzir os incêndios negligentes", defendeu também a líder do CDS.
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