Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
14º
MIN 13º MÁX 19º

Há privados que já contestaram em tribunal incumprimento dos contratos

Cinco colégios que perderam turmas financiadas pelo Estado já entregaram providências cautelares, alegando o "rompimento dos contratos" de financiamento plurianual, uma segunda fase de contestação judicial na guerra contra o Ministério da Educação (ME), pelos cortes decididos.

Há privados que já contestaram em tribunal incumprimento dos contratos
Notícias ao Minuto

07:16 - 14/09/16 por Lusa

País Financiamento

De acordo com o diretor executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queiroz e Melo, as restantes providências cautelares, de um total de 20, devem entrar nos tribunais administrativos e fiscais da área dos colégios com turmas que não estão a ser financiadas pelo Estado, até ao final desta semana.

"A previsão é de que entrem agora", disse.

A decisão do Governo de rever o número de turmas com financiamento estatal em colégios privados -- por defender que há capacidade instalada na rede pública para acolher parte das turmas financiadas -- motivou uma guerra jurídica entre colégios privados e Ministério da Educação.

Inicialmente, os colégios começaram por contestar, com a interposição de providências cautelares, o despacho de matrículas e frequência escolar assinado este ano pela secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão.

O diploma veio trazer alterações e limites geográficos à matrícula de alunos pelos colégios, circunscrevendo a origem dos alunos à freguesia de implantação dos estabelecimentos.

Nas decisões já conhecidas, há tribunais a decidir a favor da tutela e outras a favor dos colégios.

Nesta segunda fase de contestação judicial, os colégios querem contestar aquilo que dizem ser o incumprimento dos contratos de financiamento plurianual, para três anos, assinados ainda no mandato do ex-ministro da Educação Nuno Crato, e que, segundo a interpretação dos privados, preveem financiamento até 2017-2018 para turmas em continuidade de ciclo e abertura de turmas de início de ciclo.

O ME alega, desde o início, que os contratos conferem legitimidade à tutela para rever, em cada ano letivo, o número de turmas em início de ciclo que abrem nos colégios com financiamento do Estado.

Com base nesta interpretação dos contratos, e na reavaliação da rede escolar realizada, a tutela decidiu que, em 2016-2017, apenas vão abrir 273 turmas de início de ciclo com contrato de associação, menos 57% do que as 656 turmas que abriram em 2015-2016, o que representa um financiamento máximo de 21.976.500 euros (80.500 euros por turma).

Em 2015-2016, os encargos do Estado com financiamento de turmas com contratos de associação em início de ciclo foram de quase 53 milhões de euros, de acordo com os números do ME.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório