Moradores querem videovigilância no jardim do Arco do Cego
O presidente da Associação de Moradores das Avenidas Novas, José Soares, sugeriu hoje à Câmara Municipal de Lisboa a colocação de um sistema de videovigilância no Jardim do Arco do Cego, à semelhança do existente no Bairro Alto.
© Câmara Municipal de Lisboa
País Lisboa
José Soares interveio na reunião descentralizada do executivo, destinada à audição dos munícipes, que decorreu na Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, e que abrangeu as freguesias de Arroios e Avenidas Novas.
Considerando os problemas já por vezes enumerados pela associação, José Soares questionou o executivo municipal de maioria socialista se "não seria mais barata uma solução de videovigilância para aquela zona".
O presidente da associação defendeu também o "alargamento da limitação de horários" a mais estabelecimentos naquela zona e em ruas adjacentes, "para melhorar o descanso de quem lá mora".
Centenas de jovens juntam-se habitualmente no jardim do Arco do Cego e também no muro a conviver e a consumir bebidas alcoólicas, maioritariamente cerveja, vendida a preços baixos nos cafés da zona.
Os moradores queixam-se do ruído provocado, do lixo deixado naquele espaço verde e ainda de situações de tráfico e consumo de droga.
"Existem estabelecimentos que não estão a cumprir a limitação de horários" já imposta pelo município, acrescentou.
Em resposta, o vice-presidente da Câmara Municipal enunciou a instalação de mobiliário urbano e de uma casa de banho portátil, estando também a ser estudada "uma solução para as pessoas não se sentirem confortáveis no muro" do jardim.
"Estamos a intervir para libertar o jardim, mas também não queremos perseguir ninguém, apontou Duarte Cordeiro, acrescentando que "é possível encontrar equilíbrios na zona".
Assim, a Câmara pediu o envolvimento da Associação de Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e também da Valorsul "para mediar" possíveis aumentos dos preços das bebidas e controlar alguns comportamentos de higiene.
A reunião descentralizada ficou também marcada por queixas de moradores relativamente ao tráfico e consumo de droga, prostituição e higiene das ruas.
Raquel Fernandes foi uma das queixosas. Moradora da rua dos Anjos, a munícipe afirmou que existe consumo de droga naquela zona "a olhos abetos", testemunhando que se "percebe quanto custa, quem vende e como se consome".
"É brutal viver naquela rua", relatou.
Também Belmira Gama afirmou que "os moradores têm medo de andar na rua", e exigiu mais policiamento.
Já Luísa Cadaval de Sousa, da Associação de Moradores do Bairro do Alto do Parque, disse aos vereadores que "é uma vergonha o que se passa" no bairro, apontando situações de prostituição na zona.
Foram vários os munícipes que se queixaram de problemas envolvendo prostituição, tendo Lourenço Sousa testemunhado a existência de "preservativos usados e seringas rua acima, rua abaixo".
"As nossas ruas estão nojentas e cheiram mal", vincou Natércia Carvalho.
Em resposta, o presidente da Câmara apontou que "o processo de transformação da zona do Intendente precisa de ser ampliado e tem de ser contínuo, quase espaço a espaço".
Aos munícipes do Bairro do Alto do Parque, Medina garantiu "novas tentativas e esforços para alterar a situação", afirmando ser necessário "puxar pela cabeça para encontrar novas soluções".
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