Após incêndio, câmara cria Gabinete da Cidade para "repensar" o Funchal
A Câmara Municipal do Funchal aprovou hoje a criação do Gabinete da Cidade, que vai ficar incumbido de produzir um "trabalho de diagnóstico e estudo" e de "repensar" a capital madeirense depois dos incêndios de agosto.
© Global Imagens
País Madeira
"Na sequência dos incêndios, achámos por bem que era a altura de repensar a cidade a partir de uma zona que foi atingida, a zona de São Pedro", explicou o presidente do município, Paulo Cafôfo, realçando que, a partir deste episódio, a autarquia vai "alargar a intervenção", numa perspetiva global de reabilitação urbana.
Além da reconstrução dos edifícios afetados pelo fogo, a Câmara Municipal quer intervir noutras zonas degradadas da cidade e, simultaneamente, criar novas acessibilidades.
"O Gabinete da Cidade vai também intervir ao nível da requalificação do espaço público, de modo a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos", disse Paulo Cafôfo, explicando que a proposta foi aprovada por maioria, com a abstenção do PSD.
Paulo Cafôfo sublinhou que o trabalho do Gabinete da Cidade será "derramado" sobre os instrumentos de gestão urbanística, nomeadamente o Plano Diretor Municipal e o Programa Municipal de Reabilitação Urbana.
O autarca informou, por outro lado, que o Gabinete, liderado pelos arquitetos Paulo David (autor do emblemático projeto Casa das Mudas, na Calheta, zona oeste da ilha) e João Favila, será desmantelado depois de cumprir o seu objetivo.
Na reunião camarária de hoje, a Câmara do Funchal aprovou, por unanimidade, um voto de louvor à equipa de técnicos em proteção civil enviada pelo município do Porto, para auxiliar nos trabalhos do Gabinete de Apoio à Recuperação do Funchal após os incêndios.
A autarquia decidiu, por outro lado, prolongar até dia 30 de setembro as candidaturas aos Apoios Financeiros ao Associativismo e a Atividades de Interesse Municipal, em virtude do aumento da afluência nos últimos dias e do normal funcionamento dos serviços ter sido afetado durante o mês de agosto devido aos incêndios, que provocaram três mortos no concelho do Funchal, danos parciais ou totais em 300 habitações e 233 desalojados.
Em termos globais, o Governo Regional da Madeira avaliou em 157 milhões de euros as necessidades financeiras para fazer face aos prejuízos.
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