CGTP enaltece consenso alargado com congénere francesa
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, manifestou hoje a solidariedade da central sindical para com os trabalhadores franceses, enaltecendo o "consenso alargado" com a sua congénere francesa no combate à precariedade e na luta pela reposição de direitos.
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País Arménio Carlos
"Queremos manifestar a nossa mais profunda solidariedade para com os trabalhadores franceses, assim como para com o seu povo, face à firmeza com que estão a avançar para defender os seus direitos", disse Arménio Carlos, numa conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da CGT francesa, Phiplippe Martinez, em Lisboa.
O líder da CGTP destacou a relevância da intervenção dos trabalhadores e congratulou-se com o "consenso alargado" com a sua congénere europeia, nomeadamente, em matérias que agravam a legislação laboral e retiram direitos aos trabalhadores.
Seja em Portugal ou em França, "todas as medidas que visem alterar a legislação do trabalho não podem deixar de ter em conta os trabalhadores: é preciso, em vez de atacar os direitos dos trabalhadores, repor direitos, assegurar a contratação coletiva, melhorar os salários, combater a precariedade, que é algo que neste momento se apresenta", advogou Arménio Carlos.
O líder da Inter salientou que "a resposta para os problemas dos países passa pela valorização do trabalho e dos trabalhadores nos seus direitos individuais e coletivos" e rejeitou o regresso ao passado.
No caso concreto da situação portuguesa, e "valorizando aquilo que foi até agora reposto no plano dos diretos e dos salários, não pode o movimento sindical deixar de continuar a ser reivindicativo. Independentemente de quem esteja no Governo, entendemos que este é o momento de passar da reposição à melhoria dos salários e do emprego, assim como das condições de vida", sublinhou Arménio Carlos.
"Não podemos regressar ao passado", insistiu Arménio Carlos, que acrescentou: "Este também é o momento para depois do que foi feito o Governo do PS e a Assembleia da República revogarem normas gravosas do Código do Trabalho [...] e assegurarem a revogação de outras normas que facilitaram despedimentos".
Já o secretário-geral da CGT francesa, Philippe Martinez, defendeu a necessidade de todos lutarem em conjunto contra a alteração da legislação laboral e pelos diretos dos trabalhadores e manifestou o desejo de "reforçar a cooperação" entre as duas organizações sindicais.
Segundo revelou, a CGT francesa tem já uma ação de luta agendada para o dia 15 de setembro, em França.
"O Governo francês justifica as alterações na legislação laboral como uma forma de competição com os vizinhos europeus e argumenta que [estas alterações] são necessárias para ganhar a guerra. Temos de lutar em conjunto contra a alteração às leis do trabalho e bater-nos pelos diretos coletivos dos trabalhadores", defendeu Martinez.
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