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Movimento de solidariedade recupera casa que ardeu em Sardoal

Uma habitação destruída pelas chamas na aldeia de São Simão, em Sardoal, começou a ser reconstruída pela população do concelho num movimento solidário para com a família afetada pelo incêndio do dia 23.

Movimento de solidariedade recupera casa que ardeu em Sardoal
Notícias ao Minuto

13:45 - 30/08/16 por Lusa

País Incêndios

"Após o incêndio, o nosso objetivo principal foi limpar a casa para que se pudesse começar as obras o mais depressa possível e lancei um aviso na rede social Facebook a pedir ajuda. A adesão dos nossos amigos e familiares foi em massa, mas a casa não é muito grande e se todas as pessoas que se voluntariaram viessem ajudar até se atrapalhavam uns aos outros", disse hoje à agência Lusa Bernard Huot, genro de Nazaré e Ramiro Silva, cuja casa foi a única que ardeu por completo naquela aldeia de Sardoal.

O incêndio, que demorou 57 horas a ser dominado por mais de 700 operacionais que estiveram no terreno, teve início em Carvalhal, concelho de Abrantes, entrou no vizinho município de Sardoal, e só foi dominado em Sentieiras, na fronteira daqueles dois municípios do distrito de Santarém.

Em Abrantes, onde arderam parcialmente duas habitações e cerca de 1.300 hectares de floresta, algumas famílias foram retiradas de casa como medida de prevenção na localidade de Sentieiras, tendo sido realojadas temporariamente pelos serviços sociais do município, em articulação com a Segurança Social de Santarém.

No concelho de Sardoal, onde arderam 829 hectares de floresta, o incêndio destruiu a casa de habitação da família Silva, na aldeia de São Simão, localidade que chegou a ser evacuada depois de cercada pelas chamas.

Os três residentes foram realojados em casa de familiares, "temporariamente", tendo a autarquia disponibilizado de imediato uma habitação municipal para se instalarem enquanto a casa não é recuperada, para além de acompanhamento dos serviços sociais e de uma camioneta para ajudar na remoção dos escombros.

Em declarações à Lusa, o presidente do município de Sardoal, Miguel Borges, disse que esta família "fica realojada numa casa da Câmara", localizada na Tapada da Torre, tendo acrescentado que os serviços municipais "estão a ajudar na remoção dos escombros, na elaboração de um relatório com a avaliação completa dos estragos e prejuízos, e que "vão ajudar na reconstrução da habitação e no acompanhamento emocional da família".

Bernard disse hoje à Lusa que, poucos dias depois do incêndio, "a casa já está vazia", esperando agora pelo início das obras.

"Não fazemos ideia do tempo que vai levar, depende do que se tem que fazer e do orçamento. Agora o que falta é mesmo os apoios a nível de materiais de construção, uma vez que as pessoas à nossa volta têm sido incansáveis na ajuda e no apoio que nos dão", destacou, tendo acrescentado que "vários amigos já se voluntariaram para oferecer ajuda naquilo que sabem fazer, nomeadamente nas partes da canalização, eletricidade, e disponibilização de alguns eletrodomésticos e de alguns materiais".

"É nestas alturas que se vê com quem podemos verdadeiramente contar e estamos muito emocionados com toda esta ajuda e rapidez em tudo o que foi feito. As pessoas que nos ajudam têm sido incansáveis e estes gestos dão-nos mais força para continuarmos com esta luta", sublinhou.

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