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MP confirma "diligência de busca e apreensão" no Centro Comum de Vistos

O Ministério Público confirmou hoje a realização de uma "diligência de busca e apreensão" no Centro Comum de Vistos de Cabo Verde, onde são investigadas suspeitas da prática de crimes de corrupção passiva e auxílio à emigração ilegal.

MP confirma "diligência de busca e apreensão" no Centro Comum de Vistos
Notícias ao Minuto

12:04 - 30/08/16 por Lusa

País Cabo Verde

A edição de hoje do jornal Público avança que Portugal poderá ser a porta de entrada ilegal para cidadãos que depois seguem para outros países da União Europeia, através de um alegado esquema de emissão fraudulenta de vistos de entrada por parte do Centro Comum de Vistos de Cabo Verde.

À agência Lusa, fonte da Procuradoria-Geral da República confirmou a realização, em julho, de uma diligência de busca e apreensão no Centro Comum de Vistos de Cabo Verde, no âmbito de um processo dirigido pelo Ministério Público e em investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

Na diligência, que decorreu com conhecimento das autoridades judiciárias de Cabo Verde, participaram um juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, um magistrado do Ministério Público do DCIAP e três inspetores da Polícia Judiciária.

De acordo com a mesma fonte, foram realizadas ainda buscas domiciliárias na mesma altura, "em cumprimento de uma carta rogatória e ao abrigo da cooperação judiciária internacional".

Segundo a PGR, o inquérito "não tem arguidos constituídos" e encontra-se "em segredo de justiça".

A primeira notícia sobre o assunto foi avançada, segundo o Público, a 02 de agosto pelo semanário cabo-verdiano A Semana e retomada na segunda-feira pelo jornal diário A Nação.

A imprensa cabo-verdiana refere um alegado "esquema de emissão fraudulenta de vistos de entrada em Portugal" que servirá "uma suposta rede de tráfico de pessoas para a União Europeia a partir de Cabo Verde".

Os jornais revelam o "suplício" que os cidadãos cabo-verdianos passam para obter vistos, chegando a aceitar pagar "milhares de escudos" para obter os documentos, ainda que de forma ilegal.

Ao criarem dificuldades ou negarem vistos, os funcionários empurram os cidadãos para as mãos da rede criminosa que terá surgido de uma suposta colaboração entre funcionários da embaixada portuguesa e do Centro Comum de Vistos, segundo conta o Público de hoje.

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