O crime de um "santinho" que queria casar com a mulher que matou
Inaceitação de uma gravidez é para já motivo apontado para o crime.
© D.R.
País Tires
Estavam desaparecidas desde fevereiro, altura em que o principal suspeito, Dinai Alves, regressou ao Brasil, garantindo aos familiares que as jovens – a sua namorada, a irmã dela e mais uma amiga – estavam bem e tinham viajado para Inglaterra para estudar.
Sabe-se agora, tal como já suspeitava a Polícia Judiciária, que era tudo mentira e Michele, Lidiana, e Thayane, afinal não estavam assim tão bem.
Os corpos das três brasileiras foram encontrados esta sexta-feira "num tanque que faz de fosso do canil", em Tires, Cascais. Era aqui que trabalhava Dinai, antes de regressar ao seu país, sem avisar ninguém.
O porquê do crime está ainda por apurar, tendo o homem confessado a autoria do mesmo. A cunhada de duas das jovens suspeita do motivo: a gravidez de Michele.
A mulher, de 31 anos, já vivia em Portugal há oito anos, onde trabalhava como empregada doméstica, e estava grávida de três meses. Conta a cunhada que o homem terá afirmado a uma colega de trabalho que se a companheira engravidasse que a matava.
Algo que deixa a mãe surpreendida dado que considerava o homem “tão bonzinho, tão santinho”.
“Nunca imaginei que ele tivesse matado as minhas meninas. É a coisa mais absurda que vi na minha vida”, afirmou a mãe à SIC Notícias, revelando que Dinai lhe tinha ligado no ano passo a pedir a filha em casamento.
As autoridades encontraram os corpos das vítimas em avançado estado de decomposição e com "sinais evidentes de estarem naquele sítio há muito tempo", revelou o comandante dos Bombeiros da Parede, Pedro Araújo.
A descoberta foi possível graças a uma investigação das autoridades portuguesas e brasileiras, que depois de deterem o suspeito conseguiram localizar os corpos das três mulheres.
Recorde-se que Michele e Dinai namoravam há cerca de quatro anos, revelando fontes próximas do casal que "acabavam e voltavam" várias vezes. A irmã de Michele, de 16 anos, teria viajado recentemente para Portugal para se juntar à irmã. Também a amiga Thayane chegou ao país algum tempo antes do desaparecimento das três e acredita-se que seria namorada de Lidiana.
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