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Legítima defesa? Gémeos dizem-se "vítimas" e garantem que não fugirão

Agressores de Ponte de Sor dizem: "somos todos vítimas das circunstâncias”. Ministério dos Negócios Estrangeiros iraquiano invoca legítima defesa e o Governo português acredita na eficácia das autoridades para esclarecer o caso.

Legítima defesa? Gémeos dizem-se "vítimas" e garantem que não fugirão
Notícias ao Minuto

09:00 - 23/08/16 por João Oliveira

País Ponte de Sor

O resultado do espancamento e atropelamento, entretanto desmentido pelos agressores, que deixou Rúben Cavaco em coma induzido em Ponte de Sor foi o resultado de uma “receita perigosa”, composta por “adolescentes, álcool, e mentalidade de grupo”. Quem o diz são Haider e Ridha, os autores da agressão, filhos do embaixador iraquiano em Portugal.

Na sua primeira aparição em público para comentar o caso, os gémeos de 17 anos sublinharam, numa entrevista à SIC: "somos todos vítimas das circunstâncias”. Haider, o ‘porta-voz’ da dupla, referiu que não se considera “uma vítima de Rúben” nem considera que Rúben seja “uma vítima” dos seus atos.

Em declarações à estação de Carnaxide, os filhos do diplomata, que gozam de imunidade diplomática, disseram ainda estarem a "rezar pela recuperação” de Rúben e garantiram não estar acima da lei, pelo que não iriam abandonar o país. Mais acrescentaram que estão “disponíveis” para colaborar com as autoridades e esclarecer as dúvidas que forem surgindo sobre o caso.

Também esta segunda-feira à noite, Augusto Santos Silva adiantou, em declarações à mesma antena, que o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraquiano “reafirmou a vontade das autoridades iraquianas em “cooperar maximamente com as autoridades portuguesas no esclarecimento deste caso”. No entender do ministro da mesma tutela portuguesa, “essa declaração tem de se traduzir em atos concretos”.

“É tradição nos países ocidentais que quando os seus diplomatas ou familiares são envolvidos em processos deste tipo em países que gozam de imunidade diplomática, essa imunidade seja levantada”, fez sobressair ainda o governante.

Refira-se, no entanto, que o MNE iraquiano já se tinha pronunciado sobre as agressões em Ponte de Sor, alegando que os filhos do seu embaixador tinham agido “em legítima defesa”, depois de os gémeos terem justificado o espancamento de Rúben com agressões levadas a cabo por seis rapazes do grupo do jovem junto a um bar da cidade, horas antes de o terem encontrado sozinho na rua e de, aí, terem retaliado.

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