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Mais de um milhão de pessoas em três dias de romaria da Agonia

Mais de um milhão de pessoas passaram por Viana do Castelo em três dias de festas da Senhora d'Agonia, que terminam hoje à noite com uma serenata e cachoeira de fogo-de-artifício, disse o presidente da câmara local.

Mais de um milhão de pessoas em três dias de romaria da Agonia
Notícias ao Minuto

21:36 - 21/08/16 por Lusa

País José Maria Costa

De acordo com José Maria Costa (PS), este ano a romaria "tem mais gente do que o ano passado" o que a torna "num fenómeno, no país, pela tradição, autenticidade e genuinidade do traje à Vianesa e das festas".

O autarca, que falava no final do cortejo histórico-etnográfico que durante mais de três horas e meia percorreu as principais artérias da cidade, realçou o "entusiasmo e alegria" dos mais de três mil figurantes e da vontade "das pessoas em participar" nos diversos números da romaria.

"É por isso que as nossas festas são diferentes. Toda a Viana quer participar, é isto que nos distingue. É isto que é único e que faz vir multidões a Viana", sustentou.

A vereadora da Cultura de Viana do Castelo, Maria José Guerreiro, revelou que mais de 50 mil pessoas assistiram, hoje, ao cortejo histórico-etnográfico, este ano dedicado aos gigantones e cabeçudos.

"Foi um cortejo maior do que o costume. Um desfile ao espetáculo, ao vivo, dos usos costumes e tradições", referiu.

No final do cortejo, em declarações aos jornalistas, o ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, que assistiu pela primeira vez a um dos números mais emblemáticos daquela romaria, afirmou "não ser por acaso que a imagem do país tem muito presente a imagem do traje de Viana".

O governante disse ter ficado "comovido" e "movido por toda a alegria" a que assistiu durante o cortejo.

"Fiquei comovido e movido por toda a beleza de conceção dos carros, dos desfiles, dos trajes e pela chieira (termo minhoto que significa orgulho, vaidade)", disse.

Durante a manhã, o ministro Luís Filipe de Castro Mendes visitou o Museu do Traje, o Museu de Artes Decorativas e o Convento de São Domingos, onde visitou o túmulo de Frei Bartolomeu dos Mártires.

O embaixador do Japão em Lisboa, Hiroshi Azuma, que assistiu ao desfile a convite do autarca local, disse ter presenciado um desfile "maravilhoso".

"Fiquei muito comovido. Gostei muito do traje, da filigrana e da participação das pessoas, mais de três mil pessoas", sublinhou.

Com o tema "Gigantones e Cabeçudos", o cortejo histórico-etnográfico percorreu mais de três quilómetros, integrando um total de 28 gigantones e 29 cabeçudos, de todo o tipo, que retratam figuras míticas ou santos.

Os gigantones são figuras humanas de grandes dimensões suportados por uma estrutura com a forma de um corpo, no qual o homem que o manuseia se introduz, carregando o boneco apoiado nos seus ombros.

Os movimentos são dificultados pelo peso e pelo desequilíbrio, mas procuram andar ao som do ritmo da festa.

São acompanhados por cabeçudos, rapazes vestidos de forma desleixada, nos quais sobressai a enorme cabeça.

No total, o desfile integrou cerca de 165 quadros temáticos, mais de 30 carros alegóricos e "mais de 3.000 figurantes".

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