Os incêndios deram finalmente tréguas a bombeiros e populações e foi tempo, esta semana, de fazer contas aos avultados prejuízos, nomeadamente na Madeira. Mas soube-se, no entretanto, que a área ardida este ano é já três vezes superior à dos últimos três e que Portugal é responsável por mais de metade da área ardida na Europa, quase 117 mil hectares. Para tentar ajudar quem perdeu as suas terras, o Governo já anunciou apoios.

Por outro lado, o mesmo Governo ‘ateou’ esta semana alguns focos polémicos. Falamos do anúncio de que o Fisco iria passar a ter acesso às contas bancárias de todos os portugueses já a partir do próximo ano (afinal não é bem assim), e, não menos importante, a sugestão de alterar a lei bancária para recuperar alguns dos nomes rejeitados pelo BCE para a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), um deles o de Leonor Beleza que manifestou a sua surpresa com a 'nega' europeia.

A oposição manifestou-se prontamente, com o CDS a tomar as ‘rédeas’ das críticas ao Executivo ao falar em “devassa”, no que às contas diz respeito, e a classificar de oportunidade para o Executivo o ‘chumbo’ do BCE. No mesmo sentido se pronunciou o PSD, com Montenegro a considerar que o Governo fez "tudo aquilo que não deve ser feito".

Mas se o Executivo de Costa dominou a semana, tão boa ou melhor ‘performance’ teve o partido liderado por Assunção Cristas. Em causa a polémica com as declarações proferidas, em Angola a propósito do congresso do MPLA, pelo deputado centrista Hélder Amaral. Se alguns ex-líderes ironizaram ou criticaram, outros tentaram acalmar os ânimos, incluíndo a líder do CDS, enquanto Portas optou por não “dar troco" ao que designou de "polémicas de natureza interna”.

Amanhã terminam os Jogos Olímpicos. Do Rio'2016 não trazemos muitas medalhas mas trazemos vários diplomas, outros tantos recordes nacionais e pessoais batidos, e lá deixámos algumas lágrimas por o máximo não ter sido suficiente para o pódio. As críticas nem sempre foram simpáticas e muitos atletas lusos sentiram necessidade de ‘justificar’ as suas prestações. Polémicas à parte, e entre novos insólitos registados esta semana, a pequena grande estrela destas Olimpíadas foi surpreendida pelo seu ídolo. Menos engraçada foi a brincadeira, que acabou mal, dos nadadores norte-americanos, entre os quais Ryan Lochte.

No plano económico, destaque para as críticas do Tribunal de Contas ao Estado. O tribunal liderado por Morais Antunes considera que é exigido aos cidadãos aquilo que o próprio Estado não cumpre. O que convém analisar (bem) são as novas regras aplicadas aos contratos no setor das telecomunicações. O fim anunciado da tantas vezes contestada fidelização parece implicar (pesados) encargos. Mais pesada ficará a carteira dos automobilistas que abastecerem o depósito dos respetivos automóveis na próxima semana. Na dúvida permanece o modo de pagamento do subsídio de Natal. Há duas hipóteses mas caberá ao próximo Orçamento a palavra final. Aguardemos...

Mais pormenores é o que espera também do macabro caso que chegou de Ponte de Sor. Um jovem foi brutalmente agredido alegadamente por dois jovens, filhos do embaixador do Iraque em Portugal. Ruben (a vítíma) foi transferido de helicóptero para o Hospital Santa Maria, em Lisboa, onde permanece internado. O Presidente Marcelo revelou-se “chocado” com o caso, sobre o qual o Ministério da Administração Interna e dos Negócios Estrangeiros já estão a par. Fator preponderante é o de que os alegados agressores, irmãos gémeos, têm imunidade diplomática.

Esta semana, o convidado do Vozes ao Minuto foi o líder da CGTP. Ao Notícias ao Minuto, Arménio Carlos destacou que as "confederações patronais estão a fazer tudo para condicionar o Governo" e que após a saída da troika o país ficou numa situação de mais “desigualdade e empobrecimento”. Por isso aproveitou para deixar uma sugestão: “Devíamos ser indemnizados”.

A fechar, destaque para a fotografia captada em Alepo, na Síria, que abalou o mundo, para a morte da mulher de Durão Barroso e do antigo presidente da Fifa.