Novo decreto para docentes do Politécnico tem um ponto "muito negativo"
Apesar disso continuam a existir barreiras para os assistentes.
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País FENPROF
Entrou hoje em vigor o decreto que prevê o regime transitório do Estatuto de Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico (ECPDESP). O diploma demonstra enormes avanços no combate à precariedade do emprego dos docentes do Politécnico, defende a FENPROF, mas continua a apresentar barreiras aos assistentes.
"Infelizmente, à última hora, o Governo adiou a passagem a professor adjunto dos assistentes, equiparados a assistente ou assistentes convidados habilitados com o doutoramento ou o título de especialista, embora mantendo a sua transição para um contrato por tempo indeterminado", lê-se em comunicado, onde a FENPROF defende que este "aspeto muito negativo" vem "demonstrar que este assunto (...) está ainda longe de se encontrar terminado, apesar dos passos importantes que têm vindo a ser dados".
Apesar disso a Federação considera que existem aspectos bastante positivos no que ao combate à precariedade diz respeito.
"Este Decreto-Lei constitui um muito significativo avanço, no combate à precariedade que afeta muitos docentes do Politécnico, relativamente ao regime transitório em vigor, pois procede à prorrogação dos contratos dos docentes que, sobretudo devido à falta de apoios aos seus trabalhos de doutoramento se encontravam em grandes dificuldades para completarem e adquirirem essa habilitação a tempo de poderem usufruir do direito a ingressar na carreira sem outras formalidades", refere, defendendo que o novo decreto lhes dá "mais tempo para obterem uma das habilitações de referência, abre-lhes perspetivas efetivas de entrada na carreira".
A FENPROF refere que embora reconheça o "grande passo" que foi dado, não "desistirá de continuar esta batalha para garantir as condições indispensáveis à aquisição do doutoramento pelos docentes com o direito já reconhecido a ingressarem na carreira, como pela adequada aplicação da diretiva comunitária".
Pelo que, lê-se no comunicado enviado às redações, de imediato irá solicitar aos diferentes grupos parlamentares que requeiram a apreciação parlamentar do diploma que hoje entrou em vigor para que esta possa iniciar-se o mais rapidamente possível, preferencialmente logo no arranque da próxima sessão parlamentar, em setembro.
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