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Incêndios: Autarca de S. Pedro do Sul preocupado com desertificação

O presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, Vítor Figueiredo, disse hoje temer o aumento da desertificação na zona serrana do concelho, após o incêndio que se alastrou a partir de Arouca.

Incêndios: Autarca de S. Pedro do Sul preocupado com desertificação
Notícias ao Minuto

15:04 - 17/08/16 por Lusa

País Vítor Figueiredo

Este incêndio, que começou no dia 08 em Arouca e durou cerca de uma semana, consumiu uma área de 12 mil hectares em S. Pedro do Sul, ou seja, um terço do concelho.

Hoje, em conferência de imprensa, o autarca falou dos problemas que se vão colocar para o futuro, como a falta de pasto para os animais e de árvores para a indústria madeireira.

"Durante seis meses os animais não terão qualquer tipo de pasto. Estamos a falar numa zona de montanha que tem muito gado caprino e muitas vacas", afirmou, lembrando que a região é conhecida a nível gastronómico pela vitela de Lafões.

O autarca disse prever que, por não terem pasto, os criadores de gado vão acabar por vender os animais.

"Vendendo o gado, as pessoas não têm nada que as agarre à terra e vai haver desertificação. Havendo desertificação, a situação cada vez mais vai piorar", lamentou.

Por outro lado, Vitor Figueiredo explicou que "S. Pedro do Sul tem uma grande quantidade de pessoas que trabalham e vivem da indústria da madeira e que com esta área ardida irão ter problemas para o futuro".

"Se temos problemas de emprego neste momento, mais iremos ter para o futuro, porque sem emprego não conseguiremos segurar cá os nossos concidadãos", lamentou.

Segundo o autarca, as chamas queimaram seis casas. Uma delas estava devoluta e outra apenas foi atingida no telhado.

Arderam ainda 17 palheiros, cinco canastros, um moinho e uma máquina.

A autarquia tem estado a trabalhar para repor a normalidade, tendo começado na terça-feira a limpeza das vias.

No que respeita à eletricidade, hoje já há apenas uma casa afetada. As linhas telefónicas ainda não estão repostas, um trabalho que "irá demorar mais tempo".

Vítor Figueiredo mostrou-se também preocupado com os desmoronamentos que irão acontecer na área queimada e com as cinzas que, com as primeiras chuvas, vão começar a correr para os rios.

"É nesses rios, principalmente no rio Sul, que nós fazemos a captação para a nossa população. Se não tomarmos medidas urgentes a população de S. Pedro do Sul irá ter água de fraca qualidade", explicou, acrescentando que a solução passará por "adquirir filtros que são caríssimos".

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