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Madeira: Museu do Romantismo na Quinta do Imperador "vai avançar"

O presidente do Governo da Madeira garantiu hoje que o projeto de criação do Museu do Romantismo da região, perspetivado para a Quinta do Imperador, na freguesia do Monte, consumida pelos incêndios, "vai avançar".

Madeira: Museu do Romantismo na Quinta do Imperador "vai avançar"
Notícias ao Minuto

12:42 - 14/08/16 por Lusa

País Incêndios

"O museu vai avançar", declarou à agência Lusa Miguel Albuquerque, insistindo que existe "suspeita de fogo posto na casa [daquela quinta] que já estava abandonada".

A Quinta do Monte é o local onde, no início do século XX, viveu o Imperador Carlos da Áustria, hoje declarado beato e cujo corpo está sepultado, na Igreja do Monte, em 1921, um dos espaços mais emblemáticos da região.

"Vamos iniciar rapidamente a recuperação dos jardins, vamos fazer o mesmo com o Jardim Botânico e vamos abrir o mais rapidamente os jardins ao público, o da Quinta do Monte", sublinhou o governante madeirense.

Albuquerque adiantou que o executivo "vai concentra-se num projeto de edificação da zona, aproveitando aquela infraestrutura para o Museu do Romantismo", vincando ser "lamentável" o que aconteceu naquele espaço.

A Quinta do Monte, ou Quinta Jardins do Imperador, no Sítio do Pico, Funchal, foi adquirida pelo Governo Regional em 1982, tendo por objetivo a instalação da Universidade da Madeira, o que não se concretizou.

Em 2003, foi outorgado entre a região e uma sociedade comercial o contrato de concessão para reconstrução e exploração da "Quinta do Monte", com o espaço a ser alvo de um projeto de recuperação, sobretudo ao nível dos jardins.

Contudo, devido a incumprimentos em outras áreas de intervenção contratualizadas, o executivo madeirense levou o caso para tribunal.

Em março deste ano, Miguel Albuquerque explicou que "a propriedade da Quinta do Monte voltou para a região, tendo existido a cessação do arrendamento", adiantando, que o Governo Regional iria ressarcir os antigos arrendatários no montante de 826 mil euros pelo investimento que haviam feito na "recuperação dos percursos e dos jardins, que estavam completamente degradados".

O projeto do Governo Regional passa pela "recuperação da casa" que deverá "ter custos bastantes elevados" dado que se trata de edifício com características históricas".

Esta quinta foi mandada construir por James Webster Gordon, no segundo quartel do século XIX e, já em 1851, o seu irmão melhorou a propriedade.

Murou-a, construiu o jardim e a torre Malakoff, uma "elegante construção de planta circular". O jardim e a torre relembram a guerra da Crimeia, então na memória da sociedade inglesa.

O espaço mudou frequentemente de proprietário, sendo que o último foi o banqueiro Rocha Machado, que a adquiriu em 1899, tendo sido adquirida pelo Governo da Madeira em 1982.

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