Fogos em Estarreja detetados por voluntários em programa da autarquia
O presidente da Câmara de Estarreja, Diamantino Sabina, destacou hoje a importância dos jovens participantes no programa municipal "Juntos pela floresta, todos contra o fogo", que nos últimos 30 dias detetaram dois focos de incêndio no concelho.
© Global Imagens
País Incêndios
O programa, que já vai na 10.ª edição, começou no dia 15 de julho e terminou na passada sexta-feira. Durante este período, cerca de duas dezenas de jovens percorreram de bicicleta os caminhos florestais, com a missão de vigiar, proteger e limpar a floresta deste município do distrito de Aveiro.
"O objetivo principal deste programa é a deteção de colunas de fumo e uma rápida comunicação aos bombeiros. Isso tem acontecido ao longo dos anos e este ano voltou a acontecer", disse o autarca à Lusa.
Diamantino Sabina considera "muitíssimo útil" o trabalho que estes voluntários fazem, adiantando que gostava de estender o programa até setembro, quando termina a fase "Charlie" - a época mais crítica em incêndios florestais.
"Estaríamos muito mais resguardados em termos de fogos florestais se eles estivessem mais tempo no terreno", vincou o presidente da Câmara.
Cada um destes jovens recebe até seis euros por dia pela participação no projeto. "É um valor pouco significativo - mal dá para as despesas -, mas é o suficiente para que os jovens venham cá e passem alguns sacrifícios, porque não é uma tarefa fácil", disse o autarca.
Este ano, foram 16 os jovens envolvidos, com idades entre os 16 e os 25 anos.
"A maior parte são estudantes e aproveitaram o tempo de férias para serem úteis", disse à Lusa a coordenadora do projeto, Marisa Machado.
Antes de irem para o terreno todos os voluntários passaram por uma formação com a GNR e os bombeiros.
Segundo Marisa Machado, nos últimos 30 dias houve "dois alertas de incêndio dados pelos jovens, embora tenha havido outros alertas dados pela população onde eles foram ajudar".
A deteção de lixeiras e a recolha de lixo nas matas é outra das tarefas dos voluntários.
Na presente edição, segundo a coordenadora, foram recolhidas cerca de três toneladas de lixo.
Adriana Figueira, de 17 anos, uma das participantes no projeto, mostrou-se impressionada com a quantidade de lixo que encontraram nas florestas e com a "falta de cuidado das pessoas".
A falta de limpeza dos pinhais foi outro dos problemas detetados pelos voluntários.
"Nós até encontrámos alguns pinhais limpos. Mas, encontramos dois limpos e sete ou oito que não estão limpos", disse Gabriel Márcio, de 18 anos.
Para Rafael, de 20 anos, o momento mais marcante foi o incêndio no lugar de Roxico: "Foi aflitivo ver as pessoas a chorar e tentar ajudá-las com mangueiras a regar telhados", disse este jovem que participou pelo terceiro ano consecutivo no projeto.
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