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"Não penso que haja má vontade europeia em relação a pedido português"

Quando passar a época crítica, não pode esperar-se para tomar medidas no sentido da prevenção, alerta Marcelo Rebelo de Sousa.

"Não penso que haja má vontade europeia em relação a pedido português"
Notícias ao Minuto

13:52 - 12/08/16 por Goreti Pera com Lusa

País Presidentes

Numa altura em que o país é fustigado pelos incêndios, o Presidente da República apelou a que sejam colocadas de lado “querelas políticas” e a que se legisle no sentido da “prevenção”.

“Se é verdade que neste momento estamos todos unidos e não há divergências nem pode haver querelas políticas, logo a seguir é preciso que se pense no futuro para não estarmos daqui a um ano, 10 anos, 15 anos a debater o mesmo”, atirou Marcelo Rebelo de Sousa, numa declaração feita a partir do Palácio de Belém.

“Isso implica vontade política voltada para a prevenção. A Liga [dos Bombeiros Portugueses] tem ideias, o Governo também, pelo que é fundamental que mal termine este período crítico - em que a prioridade é o combate aos fogos - não se espere muito tempo” até tomar medidas, aconselhou o chefe de Estado.

Por outro lado, o chefe de Estado acredita não ter havido má vontade europeia na resposta ao pedido de ajuda feito por Portugal para o combate aos incêndios florestais que devastam o país.

"Não penso que haja má vontade europeia em relação à solicitação portuguesa", afirmou o chefe de Estado no final de uma reunião com o presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares.

Marcelo Rebelo de Sousa recordou que "em curto espaço de tempo" houve respostas de Espanha, Itália, Marrocos e Rússia que deslocaram para Portugal vários meios aéreos.

"É uma resposta, que não sendo massiva, vem ajudar significante a intervenção das forças no terreno", declarou aos jornalistas.

Na quinta-feira, em Arouca, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, mostrou-se insatisfeita com a resposta dos parceiros europeus ao pedido de ajuda de Portugal civil para fazer face aos muitos incêndios que lavram no país.

"Estava à espera de uma maior solidariedade dos parceiros europeus", afirmou a ministra, sublinhando que Marrocos, apesar de não pertencer à União Europeia, respondeu prontamente ao pedido de auxílio.

O Presidente prometeu ainda "acompanhar muito de perto" decisões políticas que devem ser tomadas relativamente à prevenção dos incêndios e à implementação de medidas de proteção das florestas, após este período de incêndios.

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