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Quercus Aveiro defende "alteração séria" das políticas para a floresta

O núcleo regional de Aveiro da associação ambientalista Quercus defendeu hoje uma "alteração séria" das políticas públicas para a floresta, acusando as entidades públicas de "negligência e inação".

Quercus Aveiro defende "alteração séria" das políticas para a floresta
Notícias ao Minuto

23:31 - 11/08/16 por Lusa

País Ambiente

"Existem problemas de fundo que tornam os incêndios florestais quase como uma 'tradição' estival. Mas a verdade é que nada é feito há décadas e os incêndios florestais representam um atentado contra um país de fracos recursos, onde são destruídas todos os anos áreas naturais de grande valor paisagístico", afirma a Quercus, em comunicado.

Os ambientalistas vincam que "a negligência e inação" das entidades públicas "não só agravam as condições que facilitam a propagação dos fogos, como também provocam elevados prejuízos no futuro, com a degradação acelerada do solo e a expansão descontrolada de espécies infestantes".

"Apesar de o Governo ter apresentado o compromisso político de aumento das áreas de montado de sobro, de azinho e de pinheiro-bravo, travando a expansão da área de eucalipto, designadamente através da revogação do regime de arborização, a Quercus realça que até à data não foram apresentadas propostas que cumpram o prometido", refere o comunicado.

Por outro lado, a Quercus lembra que as autarquias têm a obrigação legal de elaborar e cumprir o Plano Municipal de Defesa de Florestas Contra Incêndios e o Plano Operacional Municipal, mas algumas delas "continuam a negligenciar a sua aplicação e o cumprimento das ações definidas para a defesa da floresta".

Os ambientalistas dizem que esperam uma "alteração séria" das políticas públicas para a floresta, que "promovam o investimento no mundo rural", defendendo a aplicação de algumas medidas como a diminuição das áreas ocupadas pelo eucalipto e a plantação de mais espécies autóctones.

Entre as medidas propostas pela Quercus estão ainda o aumento da execução das faixas de gestão de combustível junto de caminhos e estradas, a gestão da paisagem florestal em mosaico, a aplicação de um plano nacional para o controlo ou irradicação de espécies infestantes e a promoção do pastoreio para reduzir o combustível e continuidade dos povoamentos florestais.

A Quercus considera ainda que as autarquias devem fomentar a inscrição dos pequenos proprietários florestais nas associações florestais existentes ou promover a criação de cooperativas de proprietários florestais, de modo a "promover uma maior organização da floresta e a desenvolver práticas de gestão cooperativa".

Na mesma nota, os ambientalistas lamentam o elevado número de incêndios que, nas últimas semanas, deflagraram no distrito de Aveiro, destruindo milhares de hectares de floresta, realçando que "estão em perigo vastas áreas de ecossistemas valiosos nomeadamente floresta com matos, pinheiros e carvalhos, bem como a sobrevivência da fauna existente nas áreas afetadas".

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