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Por cada doente 'tratado' na farmácia, o Estado poupa 200 euros

O relacionamento entre as farmácias e o Sistema Nacional de Saúde está para mudar. O tema já foi debatido em Conselho de Ministros e em breve irá sair nova legislação em que o Governo reconhece o serviço da farmácia na dispensa.

Por cada doente 'tratado' na farmácia, o Estado poupa 200 euros
Notícias ao Minuto

09:17 - 07/08/16 por Vânia Marinho

País Entrevista

A breve trecho, entrará em vigor uma nova legislação através da qual o Governo reconhecerá o serviço da farmácia na dispensa, tendo já sido debatida em sede de Conselho de Ministros uma mudança no relacionamento entre as farmácias e o Sistema Nacional de Saúde.

A este propósito, o Notícias ao Minuto falou com o Henrique Mateus Santos, farmacêutico comunitário, que explica os benefícios de dar mais importância à rede de farmácias.

“As farmácias são o primeiro sítio onde as pessoas se dirigem quando têm um problema de saúde menor. Há um estudo da fundação Gulbenkian que diz que as pessoas vão primeiro à farmácia do que ao médico de família. Vão mais à farmácia do que ligam para linha Saúde 24”, salienta o farmacêutico.

Henrique Mateus Santos destaca que “a rede de farmácias tem um potencial de prevenção de problemas de saúde muito grande, e a população tem essa perceção”.

“Há países em que os farmacêuticos recebem por fazer este serviço – está contratualizado com o governo, com o ministério da saúde, esse serviço. Como vê, o doente não deve ir a mais lado nenhum senão à farmácia [para transtornos menores]”, sublinha o farmacêutico.

E, explica, “é a farmácia que vê se não tem capacidade, se não tem o medicamento ou se o tempo não chega e aí encaminha o doente para o hospital”.

“Esse é o caminho da evolução. As farmácias são acessíveis, estão à sua porta na Serra da Estrela, em todo o lado. E esse serviço deve ser pago”, defende.

Henrique Mateus Santos faz sobressair ainda o impacto que isto tem na saúde pública: “muitas vezes a farmácia desvia doentes do sistema de saúde e está a poupar muito dinheiro ao Estado. (...) O custo básico de uma ida ao hospital é de uns 200 euros”.

Apesar de reconhecer que nem todas as pessoas que prestam serviços na farmácia terem a mesma formação, Henrique Mateus Santos garante que “os farmacêuticos têm condições para avaliar o problema de saúde e depois tratá-lo ou encaminhar o doente”.

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