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"Estado não pode apontar o dedo e deixá-lo apontado infinitamente"

José Sócrates condena uma eventual violação dos prazos no seu processo.

"Estado não pode apontar o dedo e deixá-lo apontado infinitamente"
Notícias ao Minuto

20:19 - 28/07/16 por Carolina Rico

País José Sócrates

José Sócrates concedeu uma entrevista à TVI onde voltou a defender a sua inocência e condenar o processo em que está envolvido no âmbito da Operação Marquês.

“Um processo em que se se detém, se prende, e ao fim de dois anos não deduz nenhuma acusação, deixando um cidadão à mercê de todas as suspeitas, insinuações e abusos, não é um processo justo, é um processo infame”, começou por reiterar.

“O Estado não tem o direito de fazer isto, de apontar o dedo a um cidadão e deixar o dedo apontado infinitamente”, acusou, referindo-se uma eventual violação dos prazos no seu processo.

Reagia assim à entrevista do diretor do DCIAP, que referiu que o prazo para apresentar a acusação contra José Sócrates pode não ser cumprido. Recorde-se que o Departamento Central de Investigação e Acção Penal tem até 15 de setembro para formalizar uma acusação.

“Neste processo houve de tudo: Uma detenção ilegal, uma prisão absolutamente ilegal, a violação sistemática do segredo de justiça e agora também a violação de todos os prazos”.

A complexidade do processo “não pode ser uma desculpa”, considera. Antes pelo contrário: "Admitimos demais ao Estado", disse.

Numa conferência de imprensa esta manhã, o antigo primeiro-ministro garantiu que, com ou sem acusação, tenciona processar o Estado português pela forma como tratou o seu caso.

José Sócrates foi detido em novembro de 2014 e que na Operação Marquês estão envolvidos outros arguidos, entre os quais Armando Vara (ex-ministro socialista e ex-administrador da CGD); o empresário Carlos Santos Silva; um dos empresários do Grupo Lena, Joaquim Barroca e até o antigo motorista do próprio ex-primeiro-ministro.

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