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Regularização de transferências de trabalhadores portugueses pode começar a partir de agosto

O secretário de Estado da Internacionalização de Portugal, Jorge Costa Oliveira, mostrou-se hoje convicto que os vários meses de atraso nas transferências de salários dos trabalhadores expatriados em Angola poderão começar a ser resolvidos a partir de agosto.

Regularização de transferências de trabalhadores portugueses pode começar a partir de agosto
Notícias ao Minuto

20:20 - 20/07/16 por Lusa

País Governo

O governante falava aos jornalistas na sede do Banco Nacional de Angola (BNA), em Luanda, depois de se ter reunido com o governador da instituição, Valter Filipe, encontro durante o qual os constrangimentos provocados pelos atrasos nas transferências dos salários dos trabalhadores portugueses, num contexto de crise financeira e cambial naquele país africano, foi tema principal.

"Fico com a sensação que há intenção de fazer pagamentos a partir de agosto. Não me pareceu que houvesse capacidade para fazer uma assunção no calendário, porque é necessário fazer o levantamento junto da banca comercial dos montantes em atraso", explicou o governante português, no final da reunião.

Jorge Costa Oliveira é o primeiro membro do atual Governo, liderado por António Costa, a visitar Angola, tendo assumido hoje o objetivo de relançar as relações entre os dois Estados, apesar da conjuntura financeira e económica que o país africano vive, devido à forte quebra das receitas com a exportação de petróleo.

Há trabalhadores portugueses em Angola que se queixam publicamente de atrasos nas transferências de salários para Portugal desde o final de 2015.

Da reunião com o governador do BNA, que surge depois de um encontro de trabalho na terça-feira, no arranque da visita a Luanda, com empresários portugueses, Jorge Costa Oliveira ressaltou ainda que está em curso o levantamento por parte do banco central dos montantes em atraso, em termos de transferências, junto da banca comercial, nomeadamente de salários.

"É um montante relevante, mas eu prefiro não entrar em pormenores. Penso que seria deselegante face ao Banco Nacional de Angola", apontou, quando questionado pelos jornalistas.

Ressaltou, no entanto, que "daqui até ao fim do ano há a intenção de fazer alguma regularização" dessas transferências por parte de Angola, "de alguma forma ordenada e priorizada" para "satisfazer vários dos pagamentos".

"Temos uma especial preocupação em relação à situação que atinge muitos trabalhadores e expatriados portugueses que aqui estão, alguns dos quais têm atrasos nas transferências cambiais de muitos meses e que começam a refletir-se em termos significativos no orçamento familiar dessas pessoas", admitiu o governante português.

O atraso nos pagamentos às empresas portuguesas que operam em Angola e as dificuldades que estas enfrentam igualmente para repatriar dividendos, devido à crise cambial, foram problemas transmitidos igualmente nestas reuniões.

"Preocupam-nos ambas [trabalhadores e empresas] as situações", sublinhou.

Na quinta-feira estão previstas reuniões de trabalho do governante português com membros do Governo angolano, nomeadamente o ministro das Finanças, Armando Manuel, e na sexta-feira está agendada uma visita ao município de Viana, arredores de Luanda, onde funcionam várias empresas locais com capitais portugueses.

Jorge Costa Oliveira admitiu que existem "excelentes condições para melhorar o relacionamento" entre os dois países.

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