Os defensores dos colégios privados - ‘Defensores da Escola Ponto’ - estão a organizar uma série de vigílias, em Belém, para o próximo mês de julho. A informação detalhada sobre essas ações consta num documento que os defensores dos privados enviaram a docentes, funcionários e pais de alunos dos colégios e que a Fenprof reencaminhou para as redações.
Para o sindicato dos professores, “as ameaças dos colégios provam que estes não olham a meios para atingirem os seus fins”.
Em causa está o conteúdo do documento, onde os defensores dos colégios justificam que os protestos que estão a desenvolver têm como objetivo a manter “pressão alta” para, entre outros motivos, “lembrar o governo que não é boa ideia meter-se com as nossas escolas”.
No documento, que a Fenprof diz ter entregue à Presidência da República, lê-se que as vigílias são para estar “atento ao que tem o Sr. Presidente da República a dizer sobre a matéria”, devendo haver uma particular animação entre as 19 e as 21 horas “por causa da abertura dos telejornais”. Para a Fenprof, esse pedido sugere que “haverá já compromissos das televisões para transmitirem aquelas vigílias em direto”.
Mas, para o sindicato ainda há outro ponto de análise – “o carácter partidário dos protestos em curso”, uma vez que um dos propósitos das vigílias, explicito no documento, é “preparar o terreno já para o próximo ciclo governativo”.
Para a Fenprof, é curioso que a “pressão alta” se deva manter “para disparar pedidos de demissão mal haja uma decisão favorável do tribunal”.