"Apenas aquelas nações e regiões que aumentaram o investimento em ciência e em tecnologia, e que ao mesmo tempo diversificaram a estrutura da sua economia, conseguiram garantir a absorção necessária dos seus recursos humanos da ciência e da tecnologia no desenvolvimento económico", disse Manuel Heitor, na sessão abertura do Fórum Global para a Produtividade da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que decorre entre hoje e sexta-feira em Lisboa.
Nesse sentido, o ministro da Ciência defendeu que as implicações para a Europa do Sul e, em particular, para Portugal são notórias.
"E uma chamada de atenção para a necessidade de aumentar o orçamento alocado para I&D com medidas orientadas para a tecnologia e a indústria", disse.
Num documento distribuído no Fórum, o ministro defende que "o futuro de Portugal exige mais conhecimento e mais cultura científica, garantindo que o acesso à ciência e à educação é um direito inalienável de todos nós".
O aumento da despesa em I&D feito pelas empresas e universidades "é uma escolha que os cidadãos e governos portugueses -- e europeus -- devem agarrar", salientou, considerando que sem crescimento nessas áreas "será difícil encorajar a inovação tecnológica e a competitividade económica".
Para alcançar esses objetivos, defende Manuel Heitor, é necessário empregar mais doutorados, incentivar a investigação nas universidades e fortalecer a relação entre universidades e o setor empresarial.
"Os níveis atuais da economia e do desenvolvimento tecnológico na Europa exigem um esforço superior do financiamento público a I&D por toda a Europa", reitera.
