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O super-herói do calçado que não voa mas percorre a cidade de carrinha

Aprendeu o ofício do sapateiro depois de se ver numa situação de desemprego. Quinze anos depois, faz do calçado a sua vida e é dono de um negócio inovador que existe, para já, apenas em Lisboa, mas já sonha em ir mais além.

Notícias ao Minuto

09:02 - 31/07/16 por Andrea Pinto

País Negócio

Estava desempregado quando enveredou num curso de formação de reparação de calçado e duplicação de chaves. Pedro Miguel ganhou-lhe o gosto e quinze anos depois acaba de lançar um negócio que está, literalmente, a correr as ruas de Lisboa. De tal forma, que o próprio se assume como um super-herói do calçado.

O homem, que diz que “a profissão de sapateiro surgiu por acaso”, abriu a sua primeira loja em Queluz, um ano depois de ter concluído um curso do IEFP. Depois disso passou para o mercado de Alcântara e há oito anos que está em Campolide.

“Ainda tenho a loja em Campolide e desde há sete anos sou o único sapateiro na cidade de Lisboa a fazer recolhas e entregas de calçado”, conta Pedro, que refere que havia muitos clientes que lhe pediam “trabalhos para a hora”.

“Isso não era possível mas comecei logo a pensar  em tornar esse serviço numa realidade e por isso surgiu a ideia do Sapateiro Expresso Móvel. Para inovar e chegar a cada vez mais clientes”, conta.

Agora é o sapateiro que vai ter com o cliente... de carrinha

Pedro Miguel, de 48 anos, arranjou assim uma nova ferramenta de trabalho, uma carrinha azul, com a qual percorre a cidade de encontro aos seus clientes.

“O sapateiro Expresso funciona de uma forma muito simples e rápida: o cliente quando necessita solicita os serviços e faz o agendamento. Pode ligar, enviar email ou mensagem, faz o agendamento e o Sapateiro vai ao encontro do cliente, seja no local de trabalho ou no domicílio”, explica, o homem que considera que o seu “serviço além de inovador é único” e veio “revolucionar esta profissão”. 

O sapateiro que “salva senhoras e senhores em apuros” até já compara o seu trabalho com o de um super-herói porque “até já tem serviço de urgência, para as senhoras que partem um salto ou perdem uma capa a caminho do trabalho, de uma reunião importante”.

Renovar a profissão para não ficar para trás

Apesar de continuar a ter a sua loja física em Campolide, Pedro Miguel passa o dia de lá para cá. Um esforço que diz necessário para renovar a profissão.

“Como em qualquer profissão quem não se dinamiza e não se moderniza fica para trás. Eu felizmente sou uma pessoa muito dinâmica e muito empreendedora, e tive a coragem de inovar e de fazer este projeto que desde que começou, em janeiro de 2015, tem tido muita aceitação”, conta, acrescentando que viu as suas expetativas serem ultrapassadas.

As novas tecnologias têm sido também uma mais-valia e um motivo de orgulho para Pedro que diz ter conseguido "aliar a mobilidade à tecnologia", tendo agora uma "forte presença na economia digital".

Por tudo isto, é normal que não esteja posta de parte a opção de “expandir” o negócio, até porque “ já existe manifestação de interesse da parte de parceiros noutras zonas do país”, remata.

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