Hospital de Évora contra encerramento da unidade de neonatologia

A administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) declarou hoje estar contra o encerramento da unidade de neonatologia com cuidados intensivos neonatais, considerando que seria "um retrocesso para o acesso à saúde" na região.

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© Reuters

Lusa
15/06/2016 13:39 ‧ 15/06/2016 por Lusa

País

HESE

"Nem sequer equacionamos a possibilidade de encerrar uma unidade de neonatologia que é altamente especializada e que dá uma resposta diferenciada e de qualidade no Alentejo", afirmou a presidente do conselho de administração do HESE, Maria Filomena Mendes.

A responsável falava à agência Lusa depois de o PSD ter divulgado uma pergunta dirigida ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, por um grupo de dez deputados, sobre o eventual encerramento daquela unidade do HESE.

Segundo o texto da pergunta, caso avance a nova Rede de Referenciação Hospitalar em Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, cujo processo de consulta pública decorre até ao dia 30 deste mês, o Alentejo "deixará de ter uma unidade de neonatologia com cuidados intensivos neonatais".

Em funções desde o dia 07 deste mês, a presidente do conselho de administração do HESE disse estar disponível para prestar esclarecimentos ou promover uma visita com os membros do grupo de trabalho que elaborou a proposta para a nova rede.

Alertando que "seria um retrocesso para o acesso à saúde" na região, Maria Filomena Mendes considerou que "não faz qualquer sentido fechar uma unidade que funciona com excelente qualidade e que dá a resposta que o Alentejo precisa".

"Assistimos bebés prematuros com elevados níveis de qualidade, com uma equipa altamente especializada e diferenciada e com resultados excelentes quer com recém-nascidos pré-termo, quer também no acompanhamento de grávidas de risco", referiu.

A responsável adiantou que a unidade de neonatologia do HESE assistiu, desde 2011, "mais de 3.300 recém-nascidos e mais de 1.300 bebés nascidos pré-termo", tendo sido também "ventilados mais de 500 bebés recém-nascidos".

O fecho da unidade "significa que as grávidas de risco e todos os bebés nascidos nestas circunstâncias teriam que começar a ter acompanhamento fora da região", realçou, acrescentando que a medida, a concretizar-se, provocará "uma clara perda" para o Alentejo.

 

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