"Não é correto ter privilégios de ricos e pagamentos de pobres"
Joaquim Jorge considera que cabe ao Estado decidir onde é feito o ensino dos alunos nos casos em que não são os próprios – mas todos os portugueses – a pagá-lo.
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País Joaquim Jorge
No dia 18 de junho os portugueses saem à rua para fazer uma marcha em defesa da escola pública. O protesto junta-se às várias manifestações que têm acontecido nos últimos tempos a propósito do Ensino.
Nota-se, na opinião de Joaquim Jorge, “uma clivagem evidente entre o PS a favor da escola pública e o PSD e CDS a favor dos colégios privados”. O fundador do Clube dos Pensadores considera que deve haver “livre concorrência entre ensino público e privado” e que “o ensino particular foi, é, e será, importante como complemento do ensino público”.
Contudo, “a questão que se coloca neste diferendo é a defesa do bem público e o gasto público”. Há que ter em conta, ainda, que “bem público não tem cor, nem ideologia”.
“Argumentar que o Estado não cumpre os contratos e que os interrompeu é uma falácia. Se um contrato é ruinoso para o Estado deve ser denunciado e alterado”, admite Joaquim Jorge, convicto de que “querer ter privilégios de ricos e pagamento de pobres não é correto”.
“O ensino público é gratuito, mas é o Estado que decide onde esse ensino é feito, não são os pais dos alunos, nem os professores, nem os alunos do ensino particular que o decidem. Se há pais que querem ter os seus filhos no ensino particular, podem fazê-lo mas têm de pagar. Não o podem fazer à custa de todos os portugueses”, argumenta.
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