Mãe já foi cremada, bebé ficará com avós. Chama-se Lourenço
Portugal foi ‘palco’ de um nascimento que desafiou os limites da ciência. Um bebé nasceu após a mãe ter estado mais de três meses em morte cerebral.
© Pixabay
País H. São José
A mãe do bebé que nasceu, na passada terça-feira, depois de mantido mais de três meses no seu útero quando estava em morte cerebral, foi cremada esta quarta-feira.
A cerimónia aconteceu na Póvoa de Santa Iria, onde Sandra Cristina vivia até ao dia em que lhe foi diagnosticada uma hemorragia intracerebral, que ditaria a sua morte.
Decorria o dia 20 de fevereiro quando a mulher de 38 anos foi declarada cerebralmente morta. Mas o bebé que carregava no ventre viria a resistir e revelar-se-ia um lutador.
No Hospital de São José, os médicos tomaram a difícil decisão de manter o corpo ligado às máquinas, para que o filho, que esta mãe tanto desejava, pudesse continuar a ser gerado.
Assim foi. O bebé nasceu na passada terça-feira, às 32 semanas de gestação, colocando um marco na história da medicina em Portugal e no mundo. Os casos semelhantes eram raros e a literatura médica era escassa.
Lourenço, nome escolhido pela mãe, deverá, segundo a TVI24, ficar os cuidados dos avós, já que o pai não tem condições para o criar. Com o progenitor ficou o outro filho de Sandra, de 12 anos.
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