Meteorologia

  • 10 MAIO 2024
Tempo
27º
MIN 16º MÁX 28º

Ordem do Mérito é "reconhecimento" do trabalho da Misericórdia de Paris

A insígnia da Ordem do Mérito que Joaquim Silva Sousa, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Paris (SCMP), vai receber nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, representa, para ele, o reconhecimento do trabalho da instituição.

Ordem do Mérito é "reconhecimento" do trabalho da Misericórdia de Paris
Notícias ao Minuto

08:30 - 04/06/16 por Lusa

País Distinção

importante porque marca o reconhecimento de um grupo de pessoas que há 24 anos trabalha de forma benévola, que dão muito tempo deles aos mais necessitados da comunidade", afirmou Joaquim Silva Sousa à Lusa.

O português de 52 anos é diretor da delegação francesa do banco Montepio Geral e desde 2001 está à frente da Misericórdia de Paris porque "não podia ficar de braços cruzados" face a muitas histórias de pobreza no seio dos emigrantes, desde os que já se encontram em França há longa data, como os novos imigrantes.

"A história da emigração, infelizmente, não são só casos de sucesso, também há muitos casos de insucesso e é necessário que alguém se ocupe dessas pessoas. É o que a Misericórdia de Paris tem estado a fazer há 24 anos", explicou o provedor que trocou Penafiel por Paris aos 25 anos.

Joaquim Silva Sousa tem conhecido os bastidores das histórias mais difíceis da emigração, explicando que a Santa Casa dá vales de 50 euros aos detidos portugueses nas prisões de França e apoia alguns imigrantes mais recentes "que começavam a passar fome".

"Alguém que emigra agora e chega com 200 ou 300 euros no bolso a pensar que vai arranjar emprego e - como isso é muito dinheiro em Portugal - pensa que dá para comer durante um mês, mas ao fim de uma semana, mesmo a comprar sanduíches, já não tem dinheiro e começa a fazer uma refeição só por dia. Alguns têm vergonha de regressar a Portugal. Temos ajudado pessoas que estavam a começar a passar fome de facto", explicou.

O provedor da Santa Casa indicou, também, que "há pessoas da primeira geração com reformas muito fracas que nunca pediram nada a ninguém e têm vergonha de assumir que precisam de ajuda", explicando que a SCMP tem ajudado "uma média de 200 famílias anualmente" com cabazes de alimentos, distribuindo "à volta de quatro toneladas de alimentos por ano".

Face aos pedidos de ajuda, Joaquim Silva Sousa gostaria de contar com mais voluntários na Misericórdia de Paris, um apelo que lança sempre que a Santa Casa organiza eventos na capital francesa, e que vai repetir nas Festas dos Santos Populares da Rádio Alfa, a 12 de junho, na corrida de angariação de fundos, a 2 de outubro, e no jantar de gala, a 19 de novembro.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório