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Pequeno-almoço de Figo e Sócrates prejudicou campanha publicitária

O presidente da câmara de Oeiras, a principal accionista do Taguspark, afirmou esta quarta-feira em tribunal que a "ideia de alguém" ligar o pequeno-almoço entre Figo e José Sócrates ao polo tecnológico prejudicou a campanha publicitária que visava aumentar receitas.

Pequeno-almoço de Figo e Sócrates prejudicou campanha publicitária
Notícias ao Minuto

15:52 - 03/04/13 por Lusa

País Taguspark

"O que prejudicou [o plano publicitário] foi a ideia de alguém fazer a ligação do pequeno-almoço de José Sócrates com Luís Figo a este projecto. O que prejudicou foi esta promiscuidade sistemática de considerar que as pessoas são desonestas", disse Isaltino Morais.

No processo Taguspark, que está a decorrer no tribunal de Oeiras, estão em causa, segundo a acusação, alegadas contrapartidas que o polo tecnológico terá dado, por intermédio do ex-administrador Rui Pedro Soares, ao ex-futebolista Luís Figo, para este apoiar a campanha de José Sócrates a primeiro-ministro nas legislativas de Setembro de 2009.

Rui Pedro Soares, ex-administrador não executivo do pólo tecnológico de Oeiras, Américo Tomatti, à data dos factos presidente da comissão executiva do Taguspark e João Carlos Silva, antigo administrador do pólo, estão acusados de corrupção passiva para ato ilícito.

O presidente da Câmara de Oeiras foi hoje ouvido como testemunha e explicou ao colectivo de juízes, presidido por Paula Albuquerque, que a escolha de Luís Figo para o desenvolvimento de uma campanha publicitária, com vista à internacionalização do projecto, era "uma excelente ideia", tendo em conta as características do antigo futebolista.

Isaltino Morais voltou a estar presente numa sessão em tribunal com o procurador do Ministério Público, Luis Eloy, e a presidente do colectivo de juízes, Paula Albuquerque, os mesmos que o julgaram e condenaram no tribunal de Sintra.

Segundo consta na acusação, o apoio de Luís Figo a José Sócrates traduziu-se num pequeno-almoço público entre ambos, e numa entrevista concedido pelo ex-futebolista ao Diário Económico.

Na sessão da manhã, o jornalista e director do Diário Económico, António Costa, testemunha, afirmou não ter sido pressionado nem sofrido pressões externas ao jornal para realizar a entrevista ao antigo internacional português.

António Costa afirmou que se tratou de uma decisão editorial, tendo em conta que este órgão de comunicação social costuma publicar, em agosto, entrevistas com pessoas fora do meio económico e político.

Para a sessão de hoje estava prevista a audição ao treinador de futebol José Mourinho, por videoconferência, mas foi adiada para data incerta.

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