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Portugal disponível para potenciar cooperação na educação na CPLP

Portugal está disponível para explorar "novos caminhos" na cooperação no setor da educação ao nível da CPLP em áreas como formação de professores e no ensino profissional, disse hoje o secretário de Estado da Educação português.

Portugal disponível para potenciar cooperação na educação na CPLP
Notícias ao Minuto

14:53 - 26/05/16 por Lusa

País João Costa

João Costa falava à Lusa na conclusão de uma visita a Timor-Leste, durante a qual participou na IX Reunião de Ministros da Educação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e contactou com os projetos de ensino do português financiados por Portugal no país.

O secretário de Estado destacou que o encontro de Díli demonstrou que, "no quadro da cooperação entre os diferentes países e no plano multilateral de educação, há oportunidades a explorar".

No caso de Portugal, disse que, e articulando a estratégia entre o Ministério da Educação e dos Negócios Estrangeiros, há possibilidade para cooperação em várias áreas, nomeadamente "formação de professores, formação de lideranças e no processo de acreditação externa e de avaliação externa na produção de provas".

Vários países manifestaram também interesse "no domínio do ensino profissional", para o qual Portugal também pode colaborar.

Já sobre o envio de docentes, João Costa disse que há "opções a explorar" e que vários países manifestaram interesse em projetos como o das escolas de referência, financiados conjuntamente por Portugal e Timor-Leste, os Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE).

"Alguns dos participantes ficaram entusiasmados com a natureza do projeto e ficámos de conversar para explorar estas potencialidades. Estes CAFE têm a vantagem de serem escolas timorenses em que o nosso apoio serve para criar referência, standards e terem um efeito contágio sobre outras escolas", disse.

Questionado sobre os CAFE em particular, nomeadamente os problemas que tem havido com atrasos no pagamento de componentes salariais aos docentes portugueses e queixas sobre a coordenação no terreno, João Costa reconheceu alguns dos problemas.

Explicou que o ministro timorense da educação garantiu que, depois da chegada a Timor-Leste da documentação que faltava de Portugal - "e já chegou o que faltava" -, "decorrerá um mês até ao pagamento de todos os complementos".

O secretário de Estado adiantou não ter ouvido queixas dos professores - apesar de só ter visitado dos CAFE - e considerou que a "coordenação tem sérias limitações para fazer o que seria crucial, que era visitar os vários centros", espalhados pelo país.

"É assegurada apenas por duas pessoas, uma delas sem viatura de apoio, o que dificulta um apoio mais presencial, que é fundamental neste tipo de contexto, ir ao terreno, estar ao terreno", disse.

Sobre a Escola Portuguesa de Díli, garantiu que está a trabalhar com Timor-Leste e Macau para ver o problema dos exames em horários demasiado tardios para estes dois países e disse que, para já, não há planos para alargar a dimensão da escola em Díli.

"Da visita que fizemos, tornou-se evidente que é preciso haver uma política de recrutamento de adultos. Não é aceitável que uma escola como esta tenha uma sala a funcionar numa tenda", disse.

"Deixámos a indicação expressa ao diretor de que só pode recrutar em função da capacidade da escola. Enquanto a escola não tiver aumentado não devem receber-se novas inscrições", acrescentou.

Esse possível aumento, afirmou, "não está, para já, em cima da mesa".

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