Bial rejeita culpas atribuídas pelo governo francês
Em causa está a morte de um voluntário de 49 anos durante um ensaio clínico que testava um novo fármaco para tratar doenças do foro neurológico.
© Reuters
País Ensaio
A ministra da Saúde francesa disse, esta segunda-feira, que o relatório da Inspeção-Geral dos Assuntos Sociais conclui que a farmacêutica portuguesa Bial, bem como o laboratório francês Biotrail, são “responsáveis em muitos aspetos” pela morte do voluntário.
No entanto, a empresa portuguesa já reagiu e, num comunicado enviado às redações, recusa responsabilidades, frisando que “foram adequadamente tomadas as decisões relativas à escalada de doses”.
A nota em causa começa por deixar claro que “este é mais um relatório que não permite determinar qualquer conclusão quanto à causa concreta do acidente, nem da morte de um dos voluntários que participou no ensaio clínico”.
E nesta senda, a Bial sublinha que “não teve ainda acesso à totalidade dos dados médicos dos voluntários, nomeadamente aos dados da autópsia do voluntário que infelizmente faleceu, elementos essenciais para a prossecução de uma investigação completa em torno do sucedido”.
A empresa “estranha” ainda que o mesmo relatório hoje divulgado pela ministra da Saúde francesa “não seja esclarecedor relativamente aos procedimentos levados a cabo no Centro Hospitalar de Rennes, parte fundamental na gestão do acidente verificado”.
Mais ainda. A Bial refere que o “relatório não questiona a aprovação do Protocolo de execução do ensaio pela Agência Nacional de Segurança do Medicamento e dos Produtos de Saúde (ANSM), afirmando que o protocolo cumpre a legislação e as recomendações existentes, nomeadamente sobre a evolução prevista das doses” e, por isso, defende-se, assegurando que “foram adequadamente tomadas as decisões relativas à escalada de doses”.
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