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Cooperação triangular é "prioridade absolutamente fundamental"

O Governo português considera "fundamental" apostar no modelo de "cooperação triangular", que envolve um país beneficiário e outros dois que partilham experiência e custos, e espera envolver também privados nos projetos de ajuda ao desenvolvimento.

Cooperação triangular é "prioridade absolutamente fundamental"
Notícias ao Minuto

13:42 - 19/05/16 por Lusa

País Governo

"Estamos profundamente empenhados em desenvolver esta modalidade de ajuda ao desenvolvimento, que entendemos ser fundamental", disse a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, na abertura de uma reunião internacional em Lisboa sobre Cooperação Triangular, organizada em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Para a responsável, a reunião de hoje - a terceira do género em Portugal - "tem lugar num momento especial e oportuno, na medida em que os países vão ter de operacionalizar os objetivos do desenvolvimento sustentável adotados em 2015 e ao mesmo tempo mostrar resultados" em matéria de eficácia das políticas para o desenvolvimento.

"Por outro lado, quer a Agenda 20/30 [plano das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável] quer o Plano de Ação de Adis Abeba reconhecem a importância da partilha de esforços, conhecimentos e recursos, numa lógica de parceria", salientou Teresa Ribeiro.

A secretária de Estado recordou que a cooperação portuguesa "está em fase de revisão do seu modelo" - com a consequente estruturação dos projetos de apoio - não só para os alinhar "com os objetivos do desenvolvimento sustentável" (assumidos pelo país), mas também para ajustar a forma de os suportar economicamente.

"Esta também é uma prioridade absolutamente fundamental da cooperação portuguesa. Estamos numa fase de revisão do nosso modelo e de estruturação dos nossos projetos. Além de os querermos alinhados com os objetivos do desenvolvimento sustentável (...) entendemos que é importante a diversificação das fontes de financiamento", afirmou Teresa Ribeiro.

Assim, Portugal "está a apostar fortemente na cooperação delegada da UE" (projetos realizados por portugueses, financiados por fundos comunitários), nas parcerias multilaterais e na mobilização do setor privado".

Em declarações à agência Lusa, Teresa Ribeiro referiu ainda que esta modalidade de cooperação permite que a ajuda portuguesa vá "para geografias nas quais não está", recordando que ainda hoje Portugal assina um memorando de entendimento nesse sentido com o Chile.

A ideia é que Portugal possa partilhar a experiência e a mais-valia das ações em África e nos países de expressão portuguesa, mas que em troca possa atuar também "em países da América Latina".

"Nós temos investido muito, a nível interno, no nosso novo modelo de cooperação relativamente a esta modalidade [cooperação triangular]. Além do Chile vamos assinar outro com o Uruguai, com a Alemanha e a França. Há toda uma diversificação que está a ser feita e que entendemos ser fundamental para fazermos melhor as nossas ações de cooperação", concluiu.

Questionada sobre projetos concretos de cooperação triangular a envolver Portugal, Teresa Ribeiro disse que esta aposta é demasiado recente para citar exemplos.

"Estamos absolutamente a começar este caminho da cooperação triangular. Vamos assinar agora o memorando de entendimento e começaremos imediatamente a explorar hipóteses concretas. É esse o nosso objetivo", declarou.

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