"Antigo primeiro-ministro não percebeu o simbolismo" do túnel do Marão
José Sócrates marca hoje presença na inauguração do Túnel do Marão após sete anos de trabalhos.
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País José Sócrates
António Costa convidou José Sócrates e Pedro Passos Coelho para estarem presentes na cerimónia de inauguração mas apenas o primeiro esteve presente.
Enquanto Passos Coelho declinou o convite, garantindo que, mesmo que fosse primeiro-ministro, não estaria presente na cerimónia, José Sócrates, que lançou a autoestrada em 2008, fez questão de hoje marcar presença e condenar as palavras do seu sucessor.
“O antigo primeiro-ministro não percebeu o simbolismo desta obra pública”, comentou em conversa com os jornalistas. “Não é apenas mais uma obra pública, o túnel do Marão significa um reencontro do país consigo próprio”.
O antigo primeiro-ministro e arguido na Operação Marquês lamentou os sete anos de obras para “fazer o que os transmontanos já mereciam: igualdade e justiça”.
Disse que aceitou o convite “por respeito ao Governo”, que agora, diz, “faz convites como antes se fazia, com a grandeza e decência democrática”.
“Lamento muito que o anterior governo tivesse dispensado este túnel apenas para favorecer os bancos”, condenou.
“O que o país precisa é de investimento público. Acho muito difícil recuperar só com investimento privado. O que lamento é que tenha de ser o FMI e o BCE a falar de investimento público, parece que todos têm vergonha em falar em investimento público”.
Sete anos depois de lançada a primeira pedra, o Túnel do Marão é hoje inaugurado depois de três paragens nos trabalhos e 398 milhões de euros investidos – 89,9 milhões oriundos de fundos comunitários.
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