"Este Orçamento Participativo não se limita aos residentes no Funchal, mas também aos turistas, sendo que o único critério é o interesse pelo concelho", salientou Paulo Cafôfo na apresentação da iniciativa, cujo investimento regista um aumento de 200 mil euros em relação ao ano passado.
O autarca sublinhou o aspeto "inclusivo" e "universal" do projeto, vincando que as pessoas com deficiência também vão ser chamadas a participar nos dez encontros preparatórios (mais dois do que em 2015), que vão decorrer entre 10 de maio e 09 de junho.
Um dos encontros será direcionado especificamente para os turistas e, por outro lado, três vão realizar-se em escolas, de modo a envolver os jovens no processo, sendo a idade limite para apresentar projetos os 15 anos.
"O grande objetivo é alterar comportamentos, procurando que haja mais participação, porque temos a consciência de que um cidadão é muito mais do que um eleitor e muito mais do que um contribuinte", salientou Paulo Cafôfo.
O Orçamento Participativo de 2016 envolve ainda seis das dez freguesias que constituem o concelho do Funchal.
Tal como no ano passado, o valor máximo a atribuir por cada projeto selecionado é de 100 mil euros, sendo o prazo de execução obrigatória de 18 meses.
Dos seis projetos escolhidos em 2015, apenas um foi até agora concretizado: a acessibilidade ao mar para pessoas com necessidade motoras especiais na praia Formosa, onde também foram instalados equipamentos que permitem o acesso a invisuais.
Paulo Cafôfo salientou, no entanto, que outros três projetos estão em fase de adjudicação, nomeadamente o Skatepark do Funchal, o cemitério (crematório) para animais e a ampliação do Ginásio de São Martinho.
"Queremos dar ferramentas e instrumentos às pessoas para poderem participar e nós temos a prova de que isso é verdade", afirmou Paulo Cafôfo, sublinhando que "a participação não pode ser pontual, mas sistemática, diária, quotidiana".