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Falta de testemunhas que acompanhavam alegado homicida adia julgamento

A falta de comparência no tribunal de Leiria dos dois passageiros que seguiam com o homem que está acusado de ter assassinado um ex-jogador de futebol à porta de um café, naquela cidade, adiou hoje este julgamento.

Falta de testemunhas que acompanhavam alegado homicida adia julgamento
Notícias ao Minuto

11:31 - 02/05/16 por Lusa

País Leiria

Segundo explicou o juiz presidente, a GNR de Porto de Mós não notificou uma das testemunhas porque esta "só se encontra em casa ao fim de semana".

O magistrado ordenou que esta testemunha fosse "notificada através da autoridade policial".

Quanto à outra testemunha que também seguia no veículo com o acusado, o juiz presidente considerou a sua falta "injustificada" e mandou emitir "mandatos" para fazer comparecer este homem na próxima sessão de julgamento.

O advogado do arguido, Mapril Bernardes, adiantou que "estas duas testemunhas foram identificadas como sendo passageiros da viatura na data dos factos, pelo que o seu depoimento" é "imprescindível para a descoberta da verdade".

Nesse sentido, "requer-se todas as diligências necessárias a garantir a presença dessas duas testemunhas em audiência de julgamento", salientou.

Na sessão de hoje faltou ainda uma terceira testemunha, que a defesa prescindiu da sua audição, "sem prejuízo de a mesma ser apresentada em próxima data que venha a ser designada para a realização de audiência de julgamento".

O Ministério Público (MP) imputa ao arguido, de 26 anos, detido preventivamente, um crime de homicídio qualificado, outro de ofensa à integridade física e mais um de detenção de arma proibida.

No despacho de acusação, a que a agência Lusa teve acesso, lê-se que no dia 30 de agosto o arguido dirigiu-se ao Café da Mineira, em São Romão, Leiria, acompanhado por mais três homens, "com intenção de encontrar e matar Raul João de Oliveira, munindo-se preventivamente de uma arma de fogo, que escondeu no cós das calças que vestia".

O MP acrescenta que o arguido agiu "de forma livre, consciente e deliberada, com intenção de lhe tirar a vida".

No despacho do MP é ainda pedida uma indemnização superior a 700 mil euros por danos patrimoniais, pensão de alimentos, despesas de saúde e escolares para o filho menor de Raul João.

Após os factos de agosto, o suspeito do homicídio esteve fugido durante quatro dias, tendo sido detido no aeroporto de Barajas, em Madrid, quando se preparava para embarcar, num avião, com destino ao Rio de Janeiro, no Brasil.

A vítima mortal, Raul João Oliveira, formou-se nas camadas jovens da União de Leiria, onde subiu a sénior. Jogou ainda por clubes como o Pedras Rubras, Fátima, Portomosense, Sport Clube Leiria e Marrazes e Atlético Clube Marinhense.

A próxima sessão ficou agendada para o dia 23 de maio, pelas 09.30.

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