Militar da GNR de Torres Vedras nega em tribunal desvio de dinheiro

Um militar da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Torres Vedras, que está a ser julgado por suspeita de desviar dinheiro de multas cobradas aos condutores e destruir os respetivos autos de contraordenação, negou hoje os crimes em tribunal.

notas euros dinheiro

© Getty Images

Lusa
27/04/2016 14:37 ‧ 27/04/2016 por Lusa

País

Multa

O militar, que pertencia ao Destacamento de Trânsito de Torres Vedras da GNR, começou a ser julgado esta manhã na Instância Central Criminal de Loures.

Segundo o despacho de acusação do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve acesso, entre abril e dezembro de 2013 o arguido "apropriou-se, em diversas ocasiões", de dinheiro de coimas, num total de 1.260 euros, valor reclamado pelo Estado português no pedido de indemnização civil.

Ao cabo da GNR, atualmente com 52 anos e colocado à data dos alegados factos na Secção de Autos, cabia abrir o cofre ali existente e conferir os autos de contraordenação e as quantias monetárias resultantes das operações de patrulhamento e fiscalização rodoviária do Destacamento de Trânsito (DT).

O arguido está acusado de dez crimes de peculato, de 12 crimes de danificação ou subtração de documento e notação técnica e de um crime de falsificação de documento.

Confrontado pelo coletivo de juízes, presidido por Rui Teixeira, o antigo militar da GNR negou que " tenha alguma vez ficado com dinheiro proveniente das multas" e disse desconhecer como é que os autos das contraordenações desapareceram.

"Eu não sei de nada. Alguém o fez desaparecer e não fui eu. No fim do mês há uma pessoa que faz a conferência dos autos, fazendo constar a entrada do dinheiro e os depósitos", explicou.

O arguido contou ainda aos juízes os argumentos invocados pelo capitão do destacamento para o suspender do serviço.

"Ele [capitão] chamou-me e disse-me que faltavam dois autos e que suspeitava de mim. Disse-me que tinha três motivos fortes para suspeitar. O primeiro é porque tinha dívidas às finanças, o segundo porque tinha ido almoçar a casa de alguém a quem tinha feito um favor e o terceiro porque ganhava pouco", contou.

Durante a tarde hoje serão também ouvidos alguns militares da GNR de Torres Vedras.

A próxima sessão do julgamento está agendada para o dia 04 de maio, com início previsto para as 09:30.

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