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Madeireiro acusado de atear incêndios julgado esta semana

O Tribunal de Coimbra começar a julgar na quinta-feira um madeireiro de 49 anos acusado de ser autor de três incêndios em Penacova, um dos quais consumiu uma área de 130 hectares em agosto de 2015.

Madeireiro acusado de atear incêndios julgado esta semana
Notícias ao Minuto

10:33 - 26/04/16 por Lusa

País Penacova

O madeireiro é acusado de três crimes de incêndio florestal, um dos quais chegou a ter três frentes ativas, consumindo cerca de 130 hectares de área florestal, entre 10 e 12 de agosto - dia em que o fogo foi declarado extinto.

Esse incêndio mobilizou 38 corporações de bombeiros de todo o país, num total de 231 homens e 74 meios de apoio terrestre e aéreo.

O madeireiro foi detido a 10 de agosto no concelho de Penacova, distrito de Coimbra, por populares, em flagrante delito, e posteriormente pela Polícia Judiciária.

"O arguido agiu sempre com o intuito de atear fogo à floresta, o que conseguiu, para, posteriormente, adquirir a madeira consumida pelo fogo junto dos respetivos proprietários a um preço substancialmente mais baixo do que o valor de mercado detido antes do incêndio", refere a acusação do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve acesso.

O incêndio mais grave chegou a obrigar ao corte do IC6 nos dois sentidos, destruiu parte do traçado da rede elétrica nacional e "colocou em sério perigo as populações residentes nas imediações" da mancha florestal ardida, "levando mesmo à evacuação de algumas aldeias", afirma o MP.

Segundo o MP, o incêndio terá implicado um prejuízo direto de 152 mil euros.

"O arguido sabia que com a sua conduta e tendo em consideração as condições climatéricas e geográficas existentes" (temperaturas elevada e humidade próxima dos 0%) colocaria em risco "a extensa mancha florestal" nos lugares de Lavradio e Alto da Serra, no concelho de Penacova, bem como "a vida e integridade física de pessoas e habitações contíguas".

De acordo com o despacho de acusação, o arguido também provocou um incêndio a 08 de agosto, que mobilizou 78 bombeiros, 18 meios de apoio terrestre e dois meios de apoio aéreo.

Contudo, o incêndio "ateado na véspera não atingiu a dimensão desejada pelo arguido [arderam 2.100 metros quadrados]" e este terá voltado a dirigir-se à mancha florestal no lugar de Lavradio no dia seguinte e voltou a criar um incêndio, que também não ganhou grandes proporções.

A 10 de agosto, com o alegado objetivo de criar um incêndio de grandes dimensões, o arguido "formulou o propósito de atear diversos, em locais distintos", tendo-se deslocado num veículo para atear fogos em diferentes sítios.

Após ter ateado alguns focos de incêndio, o arguido ainda terá abordado um homem que ligava para os bombeiros, dizendo-lhe que o fogo era noutro local, pretendendo que este desse informação errada aos agentes de combate a incêndios, sublinha o MP.

O arguido encontra-se em prisão preventiva no estabelecimento prisional de Aveiro.

O julgamento começa na quinta-feira às 09:30.

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