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Novas regras de contratos com privados vão causar desemprego

A Federação Nacional da Educação (FNE) alertou hoje que as novas regras dos contratos de associação com os privados irão causar "muitas centenas de situações de desemprego" se forem concretizadas de uma forma cega e indiscriminada.

Novas regras de contratos com privados vão causar desemprego
Notícias ao Minuto

11:20 - 22/04/16 por Lusa

País FNE

"A publicação do despacho que estabelece as normas para as matrículas e constituição das turmas para o próximo ano letivo introduziu orientações inesperadas que, a serem concretizadas de uma forma indiscriminada, vão promover um elevado nível de desemprego", refere a FNE em comunicado.

Segundo a federação, as situações de desemprego abrangerão docentes e não docentes do ensino particular e cooperativo, no caso concreto dos colégios com contrato de associação.

A FNE adianta que "a boa-fé que presidiu à celebração daqueles contratos não fazia prever que, no decurso do seu desenvolvimento, se registassem dificuldades de operacionalização por constituírem mudanças de entendimento por parte da administração".

De acordo com a federação, o que o despacho determina não coincide com a interpretação que no ano passado foi feita do mesmo normativo.

"A mais recente legislação conduziu a uma interpretação ainda mais larga da figura de contrato de associação, alterando o paradigma original", sublinha, ressalvando que foi uma decisão em que a FNE não foi parte, "mas tão só o Ministério da Educação e os colégios envolvidos".

"O certo é que, no novo quadro estabelecido, foram celebrados contratos com a duração expectável de três anos e que agora estão a decorrer, com base em legislação na altura acordada e publicada", sustenta.

É neste contexto que a FNE considera que "a interpretação da aplicação destes contratos não deve ser feita cegamente, mas antes analisada caso a caso, e tendo em conta todas as variáveis em presença".

Para a federação, só desta forma se garantirá que a legítima expectativa de contratação pelos três anos de duração dos contratos respeite os compromissos laborais, de forma a não promover desemprego neste setor".

Propõe ainda que as entidades patronais daqueles colégios e o Ministério da Educação "encetem rapidamente um processo de diálogo que permita o direito à estabilidade e à segurança aos trabalhadores destas instituições".

Na terça-feira, durante uma audição regular na comissão parlamentar de Educação e Ciência, a secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, contestou que o normativo venha alterar o que já vigorava e garantiu que não está em causa o financiamento para alunos matriculados nem a sua continuidade nas escolas, até ao final do ciclo escolar que frequentam.

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