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Quase 20 mil passageiros de voos a partir de Portugal sem indemnização

Quase vinte mil passageiros de voos com partidas dos principais aeroportos portugueses não receberam em 2015 as indemnizações previstas por lei, por parte das companhias aéreas por atrasos, cancelamentos e sobrelotações nos seus voos, denuncia a Air Help.

Quase 20 mil passageiros de voos a partir de Portugal sem indemnização
Notícias ao Minuto

13:05 - 21/04/16 por Lusa

País Air Help

Segundo os dados recolhidos nos principais aeroportos nacionais, ficaram por pagar mais de seis milhões de euros em indemnizações, sendo o aeroporto de Lisboa responsável por quase metade dos passageiros (9.436) que tinha direito a receber uma indemnização, num total estimado de 3,4 milhões de euros.

"Cada um destes passageiros poderia receber indemnizações até 600 euros, consoante o tipo de ocorrência, segundo a lei na União Europeia", que prevê que passageiros com atrasos de três ou mais horas no destino final -- por atrasos, cancelamentos ou sobrelotações que não sejam causados por situações extraordinárias, como condições meteorológicas adversas e greves -- têm direito a ser compensados monetariamente pelas companhias aéreas.

A empresa dinamarquesa, com atividade em Portugal desde 2014, tem como objetivo proteger os direitos dos passageiros aéreos em situações de voos com atraso, cancelamentos e 'overbooking' (falta de lugares para todos os passageiros).

No aeroporto do Porto, o número de passageiros que poderiam ter sido ressarcidos era de 4.693, num montante estimado de 1,5 milhões de euros, em Faro, 1.144 a que corresponderiam compensações no valor de 446 mil euros.

Funchal teria 1.647 passageiros com direito a indemnização, num total de 551 mil euros, e Ponta Delgada 1.895 passageiros, que poderiam receber 532 mil euros.

"O problema é que a maioria das pessoas não tem conhecimento destas leis e, acima de tudo, as companhias aéreas dificultam o caminho para os passageiros reclamarem pelos seus direitos e receberem a indemnização que lhes é devida, por lei", explica a Air Help.

O co-fundador da AirHelp, Nicolas Michaelsen, diz que "algumas companhias tornam o processo de reclamação quase impossível já que os seus regulamentos próprios chegam numa linguagem complexa aos passageiros".

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