"Nunca, como neste caso, houve tantos abusos"

Sócrates volta a acusar Ministério Público de “abuso de poder” e reitera que “não há provas” dos crimes de que está acusado.

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Goreti Pera
09/04/2016 16:27 ‧ 09/04/2016 por Goreti Pera

País

Sócrates

José Sócrates reiterou, à entrada numa conferência em que participa em Barcelos, que o Ministério Público não tem provas dos crimes que lhe são imputados na Operação Marquês.

O Departamento de Investigação e Ação Penal (DCIAP) determinou que a investigação ao ex-primeiro-ministro deverá ficar concluída até 15 de setembro, mas o arguido considera que todos os prazos foram ultrapassados e que o Ministério Público (MP) está a incorrer num “abuso de poder”.

“Há um ano e meio, diziam que tinham provas definitivas e contundentes. Eu sempre neguei isso e sempre referi que as acusações eram falsas, injuriosas e absurdas”, relembrou Sócrates, momentos antes do início da conferência sobre ‘Direitos, Liberdades e Garantias’.

“Um ano e meio depois, nem factos, nem provas, nem acusação. E agora querem mais seis meses. A procuradora está a deixar que o Ministério Público se coloque numa situação absolutamente insustentável”, afirmou o antigo governante.

Em conversa com os jornalistas, José Sócrates deixou claro, uma vez mais, que está a ser “alvo de uma perseguição”, frisando que “nunca, como neste caso, houve tantos abusos”.

“O Ministério Público não tem esse direito. Há prazos para a investigação e esses prazos acabaram a 18 de outubro. O MP não cumpre prazos legais, abusa dos seus poderes e coloca todos os seus poderes ao serviço de uma perseguição a alguém”, lamentou.

Recorde-se que o ex-primeiro-ministro socialista foi detido a 21 de novembro de 2014, por suspeita dos crimes de fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais.

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