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Profissionais da guarda querem debater promoção de oficiais da GNR a generais

O presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG) defendeu hoje que devem ser os oficiais da GNR a comandar a força de segurança e, por isso, o assunto deve voltar a ser debatido o "mais depressa possível".

Profissionais da guarda querem debater promoção de oficiais da GNR a generais
Notícias ao Minuto

10:40 - 18/03/16 por Lusa

País APG

O Diário de Notícias escreve na sua edição de hoje que a "promoção de oficiais da GNR a generais -- o posto mais alto da hierarquia daquela força de segurança, volta a estar em cima da mesa por parte do Governo, quase dez anos depois de o Presidente Cavaco Silva ter vetado um diploma de António Costa, na altura ministro da Administração Interna, a propor essa alteração".

Em declarações à agência Lusa, o presidente a Associação dos Profissionais da Guarda (APG), César Nogueira, disse que este tema tem vindo a ser debatido ao longo dos anos, mas sem qualquer solução.

"É uma reivindicação de há muitos anos. A APG foi a primeira a defender que deveriam ser os oficiais da GNR a comandar a força de segurança. Sempre pedimos a autonomia da GNR face ao exército", disse à Lusa César Nogueira.

O presidente da APG adiantou que a associação tem reunido com a ministra, mas com a aprovação do Orçamento do Estado as negociações devem continuar.

"Ter vontade, só, não chega. Temos de resolver a questão. Já passaram mais de 100 dias de governação, tempo suficiente para a senhora ministra conhecer os assuntos. Com a aprovação do Orçamento esperamos voltar às reuniões para debater estes assunto, bem como a regulamentação do horário de trabalho", salientou.

César Nogueira lembrou que este assunto tem gerado conflitos, salientando que, para resolver a situação, a ministra tem de arranjar uma solução para que de facto sejam os oficiais da GNR a comandar.

"São os oficiais da GNR que percebem de segurança e não os generais do exército, pois não é essa a formação deles, que é mais vocacionada para a defesa e, por isso, fazia todo o sentido que esta alteração e concretizasse", disse.

O presidente da APG lembrou que este assunto foi uma das principais questões que fizeram bloquear no anterior Governo a aprovação do estatuto.

"Atualmente são 12 os generais do exército que estão à frente da GNR, que ocupam estas vagas até que haja oficiais da GNR em condições para comandar a força de segurança. Nós não concordamos. Achamos que um oficial com 30 anos de carreira tem muito mais currículo e competência do que um general que não é da GNR", concluiu.

Segundo o Diário de Notícias, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, assume que se trata da matéria que se "reveste da maior importância" e admitiu que seja tratado "no âmbito da revisão estatutária que se encontra em curso.

O jornal diz ainda que a ministra não avançou com um calendário objetivo.

A ministra Constança Urbano de Sousa, admitiu em março no parlamento, no âmbito da discussão da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2016, como a Lusa também escreveu, que criar um horário de trabalho de referência na GNR, uma das principais reivindicações dos militares da corporação.

"É um estatuto que vai ter de ser também negociado com outros setores, nomeadamente com a Defesa. Portanto, terei de ter alguma prudência, mas sou sensível a essa questão", sustentou a ministra.

Adiantou que existem duas questões sensíveis: a criação de um horário de trabalho de referência e a promoção na carreira até ao topo dos oficiais da GNR.

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