Nos últimos quatro anos morreram três crianças e um idoso na sequência de ataques perpetrados pelos respetivos animais de estimação. Numa semana que ficou marcada por mais uma morte nestes termos, recordamos alguns dos casos noticiados nos últimos anos.
Recuemos a agosto de 2012. Uma menina de um ano e meio perdeu a vida depois de ter sido atacada por um dog argentino, no Porto. Bárbara brincava com a irmã quando o animal, pertencente aos vizinhos, a mordeu, provocando-lhe ferimentos graves na cabeça que levaram à sua morte.
Cinco meses depois, nova tragédia, desta vez em Beja. Um menino de 18 meses perdeu a vida depois de um pitbull, que pertencia ao seu tio, o ter mordido. Dinis tropeçou no animal e este atacou-o. Apesar de ter sido transportado de urgência para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, o menino não sobreviveu.
No ano passado, em setembro, Dinis, de cinco anos, brincava no quintal dos avós, em Ribolhinhos, Castro Daire, com o pastor alemão da família. Não se sabe o que terá provocado a tragédia, mas a verdade é que o cão atacou a criança, mordendo-a mortalmente no pescoço. Dinis acabou por morrer no local e o animal foi levado para o canil.
Mais recentemente, esta semana, um idoso de 78 anos foi mordido pelo próprio cão, um cruzado de pastor alemão com um serra da estrela. O homem, que vivia em Vandoma, Paredes, morreu no campo, tendo o corpo sido encontrado pela mulher.
Estes foram os casos que culminaram em mortes, mas muitos outros há em que os cães provocam ferimentos, uns graves, outros mais ligeiros.
O ano de 2014 foi aquele de que mais casos houve registo: três homens e três mulheres feridos.
Em maio, um homem de 35 anos foi atacado pelo cão que vivia consigo, em Vila Nova de Gaia, tendo sofrido ferimentos num braço. Em setembro, a vítima foi uma mulher, de 30 anos, que vendia contratos da Endesa porta a porta. Ao abrir o portão de uma residência foi atacada por três cães, todos arraçados de rotweiller e pitbull. Sofreu ferimentos graves na cabeça, pernas e braços.
No mês seguinte, a 15 de setembro, uma freira do Mosteiro das Irmãs Clarissas, em Vila Nova de Famalicão, foi também ela atacada por um pastor alemão que vivia “há muito tempo” no mosteiro. A idosa, de 73 anos, foi mordida num braço quando se preparava para limpar o canil, o que fez com que caísse e ficasse com ferimentos graves.
No mesmo mês, um agente da PSP foi mordido por um cão que era a mascote da esquadra do Laranjeiro, em Almada. O polícia, que estava de folga, foi ao local de trabalho com os filhos para lhes apresentar o cão. O animal não o terá reconhecido e atacou-o. Sofreu ferimentos num braço.
Em abril do ano passado, um menino de cinco anos foi mordido pelo cão da avó, um arraçado de pastor alemão. Ricardo, que estava na casa da avó, em Ovar, bateu o pé quando o animal estava a comer e este mordeu-o num braço e na cara.
Por fim, nos primeiros dias deste ano, um menino de quatro anos viu um cão morder-lhe uma bochecha. A criança tropeçou e caiu sobre o animal. Este assustou-se a atacou a criança que precisou de ser submetido a uma cirurgia plástica. Aconteceu na Quinta do Conde, em Sesimbra, na casa de uns amigos dos pais.