Enfermeiros do CHMT decidem a 10 de março se avançam com greve
Os enfermeiros do Centro Hospitalar do Médio Tejo decidem a 10 de março, depois de uma reunião com a administração, se avançam com um pré-aviso de greve de quatro dias devido a questões de horários e pagamento de trabalho extraordinário.
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País Trabalho
Helena Jorge, do Sindicato dos Enfermeiros no distrito de Santarém, disse hoje à Lusa que o "compasso de espera" resulta de uma reunião realizada na quarta-feira com o conselho de administração, na sequência do anúncio de uma greve entre 29 de março e 1 de abril a decorrer nas três unidades do CHMT (Torres Novas, Tomar e Abrantes).
A sindicalista afirmou que, na reunião, foi assumido o compromisso de resolver até ao final do mês várias situações que estão a gerar o descontentamento dos enfermeiros, com efeitos no "aumento do absentismo e dos acidentes de trabalho".
Uma das situações é a relativa à elaboração de horários com uma hora para almoço nas consultas externas, que, disse, os enfermeiros acabam por não usufruir, tendo o sindicato ficado de se pronunciar sobre o regulamento de assiduidade e de horários do CHMT.
Helena Jorge afirmou que o sindicato se vai bater pela existência de um regulamento específico para os enfermeiros, dadas as características das suas funções.
Por outro lado, será enviado ao sindicato o cálculo das dotações financeiras do CHMT para uma análise à situação do trabalho extraordinário, que os enfermeiros alegam não estar a ser pago.
Helena Jorge afirmou ter sido dito que a gestão dos horários dos enfermeiros é da responsabilidade do enfermeiro-diretor, tendo havido compromisso de correção das situações que levam os enfermeiros a falar de "assédio moral e coação".
"Há muitas ilegalidades. Foi-nos dito que iriam ser corrigidas. Vamos esperar até 10 de março", disse, adiantando que, nesse dia, serão os enfermeiros a decidir em plenário se avançam ou não para a greve.
Helena Jorge adiantou ainda que o sindicato se reuniu na terça-feira com os secretários de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo e Manuel Delgado, respetivamente, sobre a questão do regresso do horário das 35 horas para os enfermeiros.
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