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PSD contesta novo hipermercado por haver "excesso de oferta" em Lisboa

O PSD na Câmara de Lisboa contestou hoje a instalação de um novo hipermercado na Alta do Lumiar por considerar que existe "excesso de oferta" e que esta "não é a solução para o desenvolvimento comercial" da cidade.

PSD contesta novo hipermercado por haver "excesso de oferta" em Lisboa
Notícias ao Minuto

18:17 - 17/02/16 por Lusa

País Município

Na reunião privada de hoje, a autarquia deveria ter debatido a construção de um edifício destinado a uso terciário na Avenida David Mourão Ferreira, freguesia do Lumiar, porém a apreciação foi adiada a pedido do PSD e do PCP.

Em causa está a instalação de um edifício multiusos numa área de 8.986 metros quadrados, com um hipermercado do grupo Sonae, um 'fitness center', escritórios, estacionamento público e privado e ainda um espaço verde de utilização pública.

"Questionamos a vantagem de estar a licenciar um novo hipermercado na cidade de Lisboa quando achamos que já existe um excesso de oferta", disse o social-democrata António Prôa, em declarações à agência Lusa no final do encontro.

Prôa apontou que em Lisboa há "um número muito excessivo de hipermercados, em comparação com outras cidades", pelo que "não se precisa de mais".

Posição semelhante tem o PCP, partido para o qual "é necessário estudar com mais cuidado a integração de um hipermercado naquela zona, que já está consolidada", de acordo com Carlos Moura.

"Não queremos que o hipermercado acabe com toda a possibilidade de ter comércio local à volta", indicou.

Ainda assim, Carlos Moura considerou que a proposta "não é exatamente negativa", já que o bairro em causa "necessita de comércio".

No encontro, foi aprovado -- com a abstenção do PCP e votos favoráveis do PSD, CDS-PP, PS e Cidadãos por Lisboa (eleitos nas listas socialistas) -- o pedido de licenciamento feito pela Universidade Católica Portuguesa para alargar a zona sul do campus, na Palma de Cima, operação condicionada a condicionantes como a apresentação de um estudo de tráfego.

Prevê-se a construção de um novo edifício composto por sete pisos, dois dos quais para estacionamento (48 lugares) e cinco com infraestruturas como auditórios, salas de aula e de reuniões, gabinetes e zonas de restauração/lounge.

O alargamento sucede a um pedido de informação prévia (PIP) aprovado de forma condicionada em 2013, referente à ampliação da instituição no seu todo, sendo que agora apenas se avança com a parte sul.

Segundo o comunista Carlos Moura, existem "diferenças entre o que era o PIP e esta nova proposta".

"Não sabemos que destino terá toda a parte norte que ia ser ocupada por um novo edifício e não sabemos se [conjugado com a ampliação a sul] isso irá aumentar a pressão sobre aquela zona em termos de estacionamento e circulação viária", justificou.

Já António Prôa, do PSD, referiu que o novo prédio a sul -- com uma fachada de 23,7 metros -- aumenta a capacidade das infraestruturas em mais de mil pessoas, o que "significa uma diminuição do estacionamento, o que devia ser contemplado" no projeto.

Hoje foi ainda aprovado, com abstenção do CDS-PP, o lançamento de um concurso público, avaliado em 1,3 milhões de euros, para remodelação de duas áreas administrativas nas instalações da Câmara nos Olivais.

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