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Ganhei o Euromilhões, e agora?

Prémio de milhões já foi 58 vezes para a casa de apostadores portugueses. No país em que mais apostas se registam por pessoa, saiba como agir se algum dia for o feliz contemplado.

Ganhei o Euromilhões, e agora?
Notícias ao Minuto

08:52 - 07/02/16 por Goreti Pera

País Jogos Santa Casa

Vencer o primeiro prémio do Euromilhões é uma experiência que tem tanto de inesperado como de confuso. Se os compromissos que se podem assumir 'de bolsos cheios' são inquantificáveis, também o são os riscos de dar a cara por um feito desta dimensão. Nada, portanto, como a prudência.

Desde que o concurso foi lançado em Portugal, em outubro de 2004, foram 58 os portugueses a acertar na chave vencedora. Só em 2015, foram apostados no Euromilhões 747,4 milhões de euros (dados apurados até 30 de novembro). Em prémios, saíram das contas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) 373,7 milhões.

E se Portugal foi, no ano de lançamento do concurso, o país que mais apostas registou – apesar da reduzida dimensão – nos dias de hoje não fica muito atrás. Até novembro de 2015, o país detinha o 3.º lugar no ranking de primeiros prémios atribuídos (França e Espanha estão em 1.º e 2.º lugares, respetivamente).

No país que mais apostas per capita regista (a lotaria está presente em nove países), o primeiro prémio chegou logo no ano de lançamento: 43,8 milhões de euros foram para as contas de dois amigos de Moreira de Cónegos.

No dia a seguir ao concurso que atribuiu aquele que foi até àquela data “o maior prémio de sempre em Portugal”, instalou-se o caos naquela localidade de Braga, como recordou ao Notícias ao Minuto o administrador-executivo do Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).

“Tivemos, em conjunto com as autoridades, de pegar nas famílias e levá-las para um sítio sossegado. Aprendemos que os apostadores não estavam preparados para lidar com aquilo e precisam de apoio. Criámos por isso o Grupo de Apoio ao Alto Premiado”, recordou Paes Afonso.

A mudança de práticas, aliada ao receio das consequências que podem advir de tal exposição, faz com que, atualmente, o vencedor do Euromilhões opte pelo anonimato. Isso mesmo é cultivado pelo Departamento de Jogos.

Anonimato, mas como?

“Recomendamos desde logo que entrem em contacto connosco através da Linha Direta Jogos (808 20 33 77). A partir daí são desencadeados procedimentos que garantam a manutenção do anonimato”.

Perante o Departamento de Jogos da Santa Casa, o alto apostador é obrigado a identificar-se. Mas o tratamento dos dados pessoais é feito “numa ótica de segregação de funções, de forma a que só saiba quem tem de saber”.

Até ao momento, garantiu o responsável, “no processo que está montado nunca houve quebra de anonimato”, exceção feita, naturalmente, para os casos em que os próprios contemplados decidem “dar a cara”.

Além do processo burocrático, e porque há emoções a gerir, ao feliz contemplado e família a Santa Casa disponibiliza apoio psicológico “na medida e até quando o pretenderem”. Mas ao contrário do que se possa pensar, Paes Afonso diz constatar que “na generalidade dos casos, as pessoas já sabem o que querem fazer com o dinheiro”.

O prazo para reclamação do Euromilhões – bem como dos restantes prémios dos jogos sociais do Estado – é de 90 dias, limite que, até hoje, nenhum apostador deixou passar. O maior prémio não reclamado em Portugal foi atribuído no sorteio do Joker, em 2013.

Desse ano para cá, sete portugueses acertaram na chave premiada do Euromilhões. Em junho de 2014, 25 milhões de euros foram para o Porto. E cinco meses depois, para Castelo Branco foi o prémio máximo atribuído pelo Euromilhões: 190 milhões de euros.

No ano passado, foram premiados mais cinco portugueses. Porto, Lisboa, Coimbra e Faro (por duas vezes) foram os distritos onde se registaram os boletins da sorte. Não foi o seu caso? Talvez na próxima aposta a sorte esteja do seu lado.

[Notícia corrigida às 00h15 de 08-02-16. Substituição de 31 de novembro por 30 do mesmo mês]

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