Citador de Sonhos: A ajudar os mais carenciados desde 2012

O Citador de Sonhos é uma associação de solidariedade social que ajuda os que pouco têm a obterem um pouco mais na vida. O Notícias ao Minuto foi conhecer melhor o trabalho que esta associação leva a cabo todos os dias, todos os anos.

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Patrícia Martins Carvalho
25/12/2015 07:00 ‧ 25/12/2015 por Patrícia Martins Carvalho

País

Reportagem

A ideia surgiu em 2011 quando Paula Abreu, presidente da Associação Citador de Sonhos, ficou desempregada. Ajudar os outros sempre foi algo que Paula gostou de fazer e, por isso, aproveitou o tempo livre que tinha e deitou mãos à obra, criando o projeto Fénix.

“O objetivo do projeto, daí chamar-se Fénix, era o de ajudar as pessoas a renascerem das cinzas e a recomeçarem uma vida”, explicou a responsável ao Notícias ao Minuto, acrescentando que tudo começou na internet.

O projeto tinha sede na freguesia de São José, em Lisboa, e sempre contou com o apoio da Junta de Freguesia local. “Este projeto não passou despercebido ao presidente da Junta, Vasco Morgado, que nos convidou a estar num espaço lá e assim começámos a desenvolver naquela freguesia o apoio a famílias carenciadas”, continuou.

A iniciativa levada a cabo por um grupo de amigos ganhou notoriedade com muitas personalidades a apoiarem a causa. “Várias pessoas apadrinharam as atividades que fazíamos no Natal, como Vítor de Sousa ou Luís Aleluia. Houve sempre pessoas a identificarem-se com o nosso projeto”, acrescentou Luís Freitas, presidente da assembleia do Citador de Sonhos.

Ao fim de um ano e com o crescimento cada vez maior do projeto, Paula Abreu decidiu que “não queria ficar por ali”.

Mais uma vez deitou mãos à obra e assim nasceu o Citador de Sonhos que tinha sede também na freguesia de São José, mas que atualmente atua maioritariamente na Ajuda, também em Lisboa.

“Ao invés de abraçar o mundo como inicialmente quis fazer com três ou quatro juntas de freguesia que apoiávamos, decidimos focar-nos numa e dar o nosso melhor”, apontou.

Em declarações ao Notícias ao Minuto, Paula Abreu explicou como se desenvolve todo o processo de ajuda às famílias carenciadas.

A triagem é por conta das assistentes sociais da Junta que têm uma lista das pessoas mais necessitadas da freguesia. Depois esses dados – número de famílias, número de elementos do agregado familiar, idades, principais necessidades – são passados ao Citador de Sonhos que, com base nesta lista, organiza os kits de apoio. De sublinhar que os dados pessoais ficam sempre na posse das assistentes sociais, não sendo divulgados.

Os bens que são doados à associação têm diversas origens e diferentes destinos. Há particulares que doam coisas que têm em casa e que já não precisam, mas também há pequenas e médias empresas e grandes empresas que participam na ajuda ao próximo e Paula deu alguns exemplos.

“Há pouco tempo recebemos uma doação de 12 toneladas de fruta. Era imensa coisa então tivemos que agir rápido. Ajudámos famílias, bombeiros e outras associações”, contou, recordando ainda o caso de uma empresa que comercializa tintas que doou também dezenas de litros de tinta que tiveram diferentes locais como destino.

Com o Natal à porta, Paula conta que estes últimos dias têm sido bastante preenchidos. “Entregámos entre 75 a 80 kits”, o que se traduz em 75 a 80 famílias que vão ter um Natal mais completo.

De que é composto o kit solidário? “De tudo um pouco”, garante a responsável, lembrando que estes cabazes incluem alimentos, roupa, brinquedos, produtos de higiene pessoal e acessórios para a casa. “Há famílias que têm um teto, mas depois não têm nada dentro das quatro paredes”, conta e, por isso, tudo o que chegar ao Citador de Sonhos é bem recebido e bem entregue.

“Já nos ligaram de um hotel para ir buscar um colchão e há o caso de uma família, cujos pais foram para um lar, que quer desfazer-se do recheio da casa”, indicou.

A logística é, definitivamente, a parte mais difícil do projeto que não é financiado e sobrevive apenas com o apoio da junta de freguesia e com a boa vontade dos seus cerca de 20 colaboradores voluntários.

A recolha de produtos e a posterior distribuição é feita “na maior parte das vezes” com os carros dos voluntários. “Temos o apoio da Junta que nos disponibiliza uma carrinha e paga-nos a gasolina a 100%, mas a carrinha nem sempre está disponível e só a utilizamos quando são coisas grandes. Para coisas mais pequenas usamos os nossos carros”, conta.

Este ano ainda não terminou, mas o próximo já está a ser preparado. “Depois das festas recomeçamos com novas campanhas porque todos os meses precisamos de dar comida às pessoas”, lembra Paula, indicando que janeiro é o melhor mês para recomeçar porque é quando as grandes empresas fazem os respetivos calendários de solidariedade, distribuindo a ajuda por diversas instituições.

A boa notícia é que no próximo ano a associação terá um armazém cedido pela Junta de Freguesia da Ajuda. “Pelo menos durante um ano vamos ter este espaço, adquirido pela Junta, onde vamos realizar diversas atividades sociais e culturais e onde vamos poder armazenar todos os bens que nos chegam às mãos”, rematou Paula Abreu.

Este é apenas um exemplo que associações que todos os dias tentam fazer a diferença na vida dos mais carenciados. Se quer ajudar, seja com voluntariado ou com doação de bens, basta entrar em contacto com o Citador de Sonhos a partir da sua página oficial do Facebook.

Se pelo contrário precisa de ajuda, a forma de contacto é a mesma. Visite a página da associação naquela rede social e envie uma mensagem privada.

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