No dia em que passam 15 anos do desaparecimento de Rui Pedro, a família do jovem viu o Tribunal da Relação dar razão ao Ministério Público e condenar Afonso Dias a uma pena de três anos e seis meses de prisão pelo rapto de Rui Pedro.
O advogado do arguido, Afonso Dias, já disse que vai recorrer desta sentença para o Supremo Tribunal de Justiça.
O causídico dos pais de Rui Pedro, Ricardo Sá Fernandes, considerou, por seu lado, que com o acórdão de hoje é "finalmente uma boa notícia para esta família”, para os pais de Rui Pedro: Filomena Teixeira e Manuel Mendonça.
Sá Fernandes referiu ainda que o acórdão teve um voto de vencido do presidente da secção, que entende que o crime em causa não é rapto, mas de abuso sexual de crianças.
Rui Pedro desapareceu a 4 de Março de 1998, com 11 anos.
A decisão de hoje, que condenou o arguido a três anos e seis meses de prisão efectiva, coincide exactamente com o 15.º aniversário do desaparecimento de Rui Pedro.
O recurso decidido hoje remonta a uma decisão tomada há pouco mais de um ano - em 22 de Fevereiro de 2012 - pelo tribunal de Lousada de absolver o arguido Afonso Dias, que a família de Rui Pedro acusa de ter raptado o então menor de 11 anos.
O tribunal de Lousada tinha absolvido o arguido, um camionista, por falta de provas.