Em declarações à agência Lusa, a professora de Língua Portuguesa Sara Matos apontou a "necessidade de melhoria dos resultados dos alunos" como a primeira razão para a introdução das terapias 'reikianas' naquele agrupamento.
Proporcionadas em regime de voluntariado por terapeutas de 'reiki' de terceiro nível, as sessões duram em média 30 minutos e são grátis, ainda que a inscrição seja obrigatória.
Nas sessões, a "busca do bem-estar geral", explicitada por Sara Matos, proporciona aos alunos "momentos de relaxamento" que lhes chegam "através da canalização da energia que vem do universo".
"No nosso corpo há sete pontos energéticos - os chacras - e a maior parte dos desequilíbrios energéticos são doenças que o 'reiki' pode ajudar a curar", sublinhou a docente, elencando as "vertentes física, emocional, espiritual e mental que podem beneficiar com as terapias".
O projeto, ainda numa fase muito inicial, está aberto a todos os alunos do agrupamento, salientando Sara Matos a disponibilidade para, através do 'reiki', "ajudar os muitos alunos do ensino especial ou aqueles que possam ser encaminhados pelo assistente social e educador social".
A primeira sessão, com cinco alunos da Escola EB2,3 Marques Leitão, decorreu na penúltima quarta-feira, coincidentemente na semana em que o "ranking" das escolas em Portugal colocou outra escola do agrupamento -- a Secundária -- no grupo dos estabelecimentos de ensino com piores resultados médios nos exames do 12.º ano.
Contudo, a iniciativa, já estava planeada. A diretora do Agrupamento, Ana Barbosa, disse que a ideia lhe foi lançada no final do último ano letivo e que acedeu então em colocá-la em vigor, a título experimental, no âmbito do projeto "boas energias na escola", inserido nas Oficinas Pedagógicas.
Embora seja dirigida prioritariamente a alunos, Ana Barbosa informou que a terapia "será alargada também aos professores e pessoal auxiliar que quiserem inscrever-se".
Esperando que a aposta no reiki sirva para "uma mudança de comportamentos conducente à melhoria dos resultados escolares", a responsável afirma que isso "passa por combater problemas que se querem corrigidos" e o que o "'reiki' é uma ferramenta que está disponível para esse efeito".
Instada a explicar por que razão aceitou introduzir no seio escolar algo que a maioria da população desconhece, Ana Barbosa foi taxativa na resposta: "nunca devemos excluir nada sem verificar se produz resultados".
Com o arranque do segundo período e o aumento esperado da frequência das Oficinas Pedagógicas, Sara Matos espera que as adesões aumentem, tendo Ana Barbosa anunciado que as sessões irão decorrer, alternadamente, na EB2/3 Marques Leitão e na Escola Secundária de Valbom.
