A Universia, um portal online dedicado às Universidades Portuguesas, quis saber como se sentem os jovens académicos quando o assunto é a realização das praxes e, por isso, levou a cabo um inquérito do qual nos dá conta, esta segunda-feira, o Diário Económico.
Assim, concluiu-se que, em Portugal, 73% dos alunos universitários foi praxado ou foi vítima de violência mais pesada na universidade, sendo que 80% admitiu nunca ter denunciado o sucedido.
Ainda de acordo com o mesmo inquérito a que o Económico teve acesso, 41% dos estudantes disse existir permissividade por parte das instituições de ensino relativamente à realização de praxes e 39% respondeu não saber se existe acompanhamento dos casos. Apenas 20% disse que estes atos são punidos.
No que às consequências das praxes diz respeito, mais de metade dos inquiridos (59%) respondeu que estes atos deixam consequências psicológicas nos estudantes com 20% a admitir que as praxes chegam a levar alunos a abandonar os estudos. Sobre este tema, 6% disse existirem consequências físicas e 15% referiu “outras consequências”.
As praxes mais frequentes, segundo os estudantes inquiridos, são brincadeiras pesadas (45%), perseguição verbal (23%), violação da intimidade e imagem (12%), discriminação por raça ou religião (6%), discriminação de género (5%), lesões físicas (4%) e outras (5%).